O maestro de Salvador, José Maurício Moreira participou da cerimônia de canonização de Irmã Dulce neste domingo (13), no Vaticano.

“Foi muito emocionante participar porque além da graça de eu ter voltado a enxergar, esse foi mais um mimo que Irmã Dulce fez comigo, né, me colocar aqui", conta.

Santa Dulce dos Pobres foi canonizada pelo Papa Francisco às 10h34 (5h34 no horário de Brasília). José Maurício contou como ocorreu a participação dele durante a cerimônia.

"Foi o seguinte: o protocolo exigia que eu ficasse ao lado dos outros miraculados e no momento do ofertório a gente pegou uma taça com pétalas de flores e levamos ao papa. E, quando, para minha surpresa, quando eu cheguei lá, o Papa pegou na minha mão. Eu não esperava que isso fosse acontecer", disse.

José Maurício ainda disse que foi surpreendido com a bênção do Papa Francisco. "Ele me abençoou, abençoou o ofertório, aí eu saí. Eu já tinha feito um treino ontem [sábado, 12], não com ele, mas a gente já tinha feito um rápido ensaio e a emoção é muito grande".

"Como eu falei, além da emoção de voltar a enxergar graças à oração de Irmã Dulce que eu fiz, estar aqui hoje é o maior dia da minha vida. É o maior acontecimento da minha vida", conta.

"Saber que a minha santinha, a minha conterrânea, minha contemporânea, pessoa que a gente via andando pelas ruas de Salvador, fazendo só o bem, pode ser canonizada através do meu milagre, isso pra mim é de uma alegria...não dá para descrever. A palavra de ordem no resto da minha vida vai ser gratidão à Irmã Dulce, gratidão a Deus e à Irmã Dulce”, disse o maestro.

Milagre comprovado

O maestro soteropolitano tem 50 anos de idade, dos quais passou 14 sem enxergar. Durante uma crise de conjuntivite, rogou para que Irmã Dulce ajudasse a aliviar as dores e ela fez ainda mais: fez com que ele voltasse a enxergar.

A partir daí, o Vaticano concluiu o processo de canonização do 'Anjo Bom da Bahia', que ocorreu neste domingo. O caso emblemático foi decisivo para a conclusão do processo de Irmã Dulce, segundo o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.

A canonização da baiana é a terceira mais rápida da história da Igreja Católica – fica atrás somente do Papa João Paulo II (9 anos) e da Madre Teresa de Calcutá (19 anos).


G1

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