As manchas de óleo que atingem o Nordeste do Brasil desde setembro chegaram às praias de Piatã do Flamengo e do Jardim dos Namorados, em Salvador. A informação foram confirmadas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão ligado ao governo do estado, e pela prefeitura da capital.
Com isso, o número de cidades baianas atingidas subiu para oito. As demais são Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandaíra. [Confira lista atualizada abaixo]
Na praia de Piatã, que fica no bairro de mesmo nome, as manchas ainda são pequenas, com tamanho pouco maior que uma moeda. Na Praia do Flamengo, no bairro de Stella Maris e no Jardim dos Namorados, na Pituba, banhistas também encontram a contaminação.
Assim como na praia de Subaúma, a prefeitura da capital também se mobilizou para fazer a retirada do óleo da costa. Com esses registros, chega a 19 o número de praias contaminadas no estado. São elas:
A Praia do Flamengo, no bairro de Stella Maris também é uma das áreas afetadas na capital baiana — Foto: Reprodução/Prefeitura de Salvador |
Salvador
Piatã;
Praia do Flamengo;
Jardim dos Namorados;
Lauro de Freitas (cidade limítrofe – RMS):
Vilas do Atlântico;
Camaçari (47 km – RMS):
Arembepe;
Guarajuba;
Itacimirim;
Jauá;
Mata de São João (61 km – RMS):
Praia do Forte;
Entre Rios (142 km):
Subaúma;
Porto de Sauípe;
Costa do Sauípe;
Massarandupió;
Esplanada (170 km):
Baixio;
Mamucabo;
Conde (186 km):
Barra da Siribinha;
Barra do Itariri;
Sítio do Conde;
Poças;
Jandaíra (205 km):
Coqueiro;
Mangue Seco;
Durante giro que o G1 fez na quinta-feira (10), a praia de Guarajuba, em Camaçari, foi a que estava em pior estado. No local, havia grandes quantidades da crosta grossa do óleo tomando conta da faixa de areia. Além disso, o cheiro forte – semelhante a petróleo – incomoda banhistas e atrapalha a venda dos barraqueiros.
Em Arembepe, a situação preocupa os pescadores, que não sabem como vão tirar o sustento sem poder trabalhar. Próximo as essas localidades, as praias de Itacimirim e Jauá - também em Camaçari - têm a situação menos pior.
Em Praia do Forte, que fica na cidade de Mata de São João, a situação era mais tranquila. Já em Massarandupió, local em que Marinha e Inema ainda não tinham registrado a chegada da contaminação até esta quinta, havia muitas manchas de óleo.
Manchas de óleo
Das localidades afetadas, a praia de Guarajuba, em Camaçari, é a que tem o pior estado na região metropolitana de Salvador — Foto: Itana Alencar/G1 BA |
As manchas começaram a chegar no estado em 3 de outubro, quase um mês após o início do problema no país. Mais de 150 praias já foram afetadas pelo óleo em todo o Nordeste. Há registro em todos os nove estados da região. A Bahia foi o último a ser atingido.
O Tamar suspendeu a soltura de filhotes de tartaruga, para preservar os animais que são desovados na Bahia. Segundo o Projeto, os filhotes correm risco de morte se entrarem em contato com a substância.
Na quinta-feira (10), pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) informaram que o óleo que atinge o litoral do Nordeste foi produzido na Venezuela. Apesar da afirmação dos pesquisadores, o governo de Nicolás Maduro nega que a Venezuela é responsável pelo petróleo que atinge as praias do litoral nordestino.
Com o aparecimento na praia de Piatã, em Salvador, subiu para oito o número de cidades atingidas na Bahia. — Foto: Victor Silveira / TV Bahia |