A delegada titular e três investigadores da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), em Salvador, foram detidos na tarde da segunda-feira (7), após denúncias de "excessos", segundo informações divulgadas pela Polícia Civil.
A corporação não explicou quais seriam os "excessos" praticados por eles, no entanto um dos quatro advogados dos suspeitos afirma que houve uma denúncia de tortura, após uma mulher prestar depoimento na unidade policial onde eles trabalham, no dia 3 de outubro.
Segundo o advogado Gustavo Gomes, a mulher seria suspeita de um assalto a uma lotérica e teria procurado a Corregedoria da Polícia Civil após o caso.
A delegada foi identificada como Carla Santos Ramos e os investigadores são Agnaldo Ferreira de Jesus, Carlos Antônio Santos da Cruz e Iraci Santos Leal. Conforme a polícia, havia mandados de prisão contra eles.
De acordo com o advogado, os acusados negam que tenham praticado o crime. Gustavo Gomes diz ainda que Carlos Antônio e Iraci Santos não estavam trabalhando e nem estavam na delegacia no dia em que a vítima teria sofrido a suposta tortura.
Segundo o advogado, os suspeitos tiveram os mandados de prisão cumpridos e foram ouvidos após se apresentarem no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP).
Ainda conforme o advogado Gustavo Gomes, a delegada e os investigadores foram soltos na manhã desta terça-feira (8), após habeas corpus.
A polícia não divulgou mais detalhes sobre o caso. O grupo é investigado pela Corregedoria da corporação.