Os trabalhadores dos Correios da Bahia e de todo o Brasil decidiram aceitar a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e encerrar a greve que já durava oito dias. Como a decisão foi tomada na noite de ontem, nesta quarta-feira (18) o serviço já foi normalizado. Mas apesar do retorno das atividades, os trabalhadores mantêm o estado de greve e seguem mobilizados para defender seus empregos e de suas famílias.

"Voltamos a nossas atividades, mas continuaremos alertas contra a retirada de direitos. Se a ECT não negociar, seremos forçados a parar novamente nossas atividades por tempo indeterminado. A direção dos Correios sentiu na pele que a nossa categoria é forte, unida e que a paralisação deu sérios prejuízos de mais de R$ 4 bilhões", declarou Fábio Jr., diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba).

Eles protestam contra a privatização dos Correios e a afirmam que a ECT SE recusa a negociar um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Mas por ora, o grupo acatou a proposta de conciliação, que previu a suspensão da greve a partir das 22h de ontem, sem corte dos dias parados, e a manutenção de todas as cláusulas do ACT atual e do Plano de Saúde até a data do julgamento do dissídio pelo tribunal, marcado para o dia 02 de outubro. Além disso, será instalado, em caráter emergencial, um Comitê Contra a Venda dos Correios, em Brasília, para desenvolver trabalhos junto ao Congresso Nacional e autoridades públicas.

BN

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