As obras do Veículo Leve de Transporte (VLT) serão iniciadas em outubro. Nesta quarta-feira (14), o projeto foi apresentado pelo governador Rui Costa na Câmara Municipal de Salvador, em evento histórico. Pela primeira vez, a Casa Legislativa recebe um governador para estabelecer o diálogo com os vereadores.

O VLT vai ligar Salvador à Ilha de São João, em Simões Filho, município da região metropolitana. A proposta é que o equipamento também chegue à estação Acesso Norte do metrô, perfazendo um total de 22 quilômetros de extensão.

“A obra completa demora aproximadamente dois anos, mas nós vamos entregar em etapas”, explicou Rui. “É um projeto de transporte moderno, de última geração, o mesmo equipamento que existe nas cidades mais modernas do mundo. Ele vai ligar Simões Filho a Salvador, atendendo ao Comércio e integrando com a Estação do Metrô no Acesso Norte. Portanto, é uma transformação completa na mobilidade urbana da região metropolitana”.

O governador destacou ainda que o preço da passagem será o mesmo do serviço de metrô. “Hoje é cobrado o valor do trem da década de 50, um serviço de péssima qualidade, sem conforto, de 20 em 20 minutos, que não atende com a qualidade de um serviço moderno, que respeite a população. O VLT terá exatamente o mesmo padrão do metrô. É um equipamento tão moderno quanto o metrô”, acrescentou.

O investimento é de R$ 2 bilhões e, junto com a obra do novo trecho do metrô, serão gerados mais de cinco mil empregos. “Nós vamos revalorizar e ressignificar o subúrbio de Salvador, a área mais bonita da cidade, que ficou esquecida por muitas décadas. Não há, em todo Nordeste, uma região como a Baía de Todos-os-Santos. Aquele paisagismo do Comércio, do Subúrbio, da Calçada, de Itapagipe, ninguém mais tem. Isso precisa ser valorizado”, finalizou.

Dados da obra

O contrato do Governo do Estado com a empresa responsável pelas obras do VLT, a BYD, foi assinado em fevereiro deste ano. Com 22 estações e capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia, o VLT será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente.

A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP). As atuais estações dos trens do subúrbio serão desativadas e reaproveitadas para prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento.

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