Ruanda decidiu fechar sua fronteira com a República Democrática do Congo (RDC) após a confirmação de um terceiro caso de ebola em Goma, cidade congolesa situada no limite entre os países, criticaram nesta quinta-feira (1°) as autoridades da RDC.

"Por uma decisão unilateral das autoridades ruandesas, os cidadãos ruandeses não podem seguir até Goma, em Kivu do Norte, enquanto os congoleses podem sair de (cidade fronteiriça ruandesa) Gisenyi, mas não podem voltar", afirma um comunicado da presidência da RDC.

Quase um ano de epidemia

O segundo paciente com ebola em Goma, grande cidade do leste da RDC, morreu e um terceiro paciente foi diagnosticado com o vírus na quarta-feira (31), o que provocou preocupação entre a população local, no momento em que se aproxima o primeiro aniversário da declaração da epidemia.

"O terceiro caso confirmado é o de uma menina de um ano filha de um homem que faleceu por ebola no Centro de Tratamento do Ebola (CTE), em Kiziba. A criança já apresentava sintomas da doença", disse à AFP um agente de saúde.

Na vizinha província de Kivu do Sul, 15 pessoas foram colocadas em quarentena em uma localidade à beira do Lago Kivu, sendo os primeiros casos suspeitos de ebola nesta província.

Mais de 1.800 mortos

A atual epidemia foi deflagrada em agosto de 2018 em Kivu do Norte e chegou a Ituri (nordeste), mas até o momento estava relativamente limitada. Mas os novos casos em uma cidade como Goma aumentam os temores sobre a propagação de uma epidemia que já deixou 1.803 mortos, segundo as autoridades.

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