A Polícia Federal (PF) abriu inquérito sobre o caso do segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, integrante da equipe de apoio à comitiva presidencial preso semana passada na Espanha enquanto carregava uma mala com 39 quilos de cocaína. O objetivo da investigação é identificar o fornecedor da droga e apurar se a ação do militar faz parte de um esquema maior de tráfico de drogas internacional.

O inquérito foi instaurado pela Superintendência da PF no Distrito Federal e vai focar em crimes comuns previstos no Código Penal. O caso também já é alvo de uma outra investigação pelo Ministério Público Militar, uma vez que o tráfico de drogas também é considerado crime militar, a depender das circunstâncias do fato — neste caso, o militar em serviço está sujeito ao crime.

Rodrigues foi preso na última terça-feira, 25, no controle aduaneiro do terminal da cidade espanhola de Sevilla, que serviria de parada para a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde o presidente participou da reunião do G20. Depois da prisão, a comitiva presidencial mudou a rota para Portugal.

Também há uma investigação em andamento na Espanha. A Polícia Civil da Espanha acredita que o destino final da droga era mesmo Sevilla e investiga agora quem pegaria a mala com Rodrigues. Até o momento, as autoridades espanholas tratam o militar brasileiro como uma "mula" do tráfico (pessoa que é paga para transportar drogas).

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