A água de uma barragem que fica no povoado de Quati, em Pedro Alexandre, a cerca de 435 km de Salvador, invadiu, na manhã desta quinta-feira (11), a cidade vizinha de Coronel João Sá e deixou cerca de 300 pessoas desalojadas. Não há informações de desalojados em Pedro Alexandre.
Conforme a Defesa Civil da cidade, as fortes chuvas que caem na região do Rio do Peixe contribuíram para o transbordamento da água. Não houve feridos. A Prefeitura de Pedro Alexandre – que fica no nordeste baiano, perto da divisa com Sergipe – decretou estado de calamidade e emergência após o município ter sido tomado pela água.
Coronel João Sá fica a 45 km de Pedro Alexandre. Os desalojados fazem parte de cerca de 120 famílias que moram às margens do Rio do Peixe, que corta a região. A água que vazou da barragem seguiu o curso do rio e, por volta das 15h30, chegou a João de Sá.
O percurso do rio entre as duas cidades é de cerca de 80 km. Não há informações da velocidade que a água chegou ao local, e nem da extensão dos prejuízos. Os desalojados foram levados para ginásios de esportes e escolas de João Sá.
Desde o início da manhã, a administração de Coronel João Sá, que fica em um nível abaixo da barragem e é cortado pelo Rio do Peixe, pediu para que as famílias que moravam às margens do rio deixassem o local.
Coronel João Sá já tinha áreas alagadas, mas por conta da chuva A preocupação adicional era justamente com a enxurrada provocada pelo transbordamento da barragem do Quati.
Conforme a Defesa Civil da cidade, as fortes chuvas que caem na região do Rio do Peixe contribuíram para o transbordamento da água. Não houve feridos. A Prefeitura de Pedro Alexandre – que fica no nordeste baiano, perto da divisa com Sergipe – decretou estado de calamidade e emergência após o município ter sido tomado pela água.
Coronel João Sá fica a 45 km de Pedro Alexandre. Os desalojados fazem parte de cerca de 120 famílias que moram às margens do Rio do Peixe, que corta a região. A água que vazou da barragem seguiu o curso do rio e, por volta das 15h30, chegou a João de Sá.
O percurso do rio entre as duas cidades é de cerca de 80 km. Não há informações da velocidade que a água chegou ao local, e nem da extensão dos prejuízos. Os desalojados foram levados para ginásios de esportes e escolas de João Sá.
Desde o início da manhã, a administração de Coronel João Sá, que fica em um nível abaixo da barragem e é cortado pelo Rio do Peixe, pediu para que as famílias que moravam às margens do rio deixassem o local.
Coronel João Sá já tinha áreas alagadas, mas por conta da chuva A preocupação adicional era justamente com a enxurrada provocada pelo transbordamento da barragem do Quati.
Barragem pode ter rompido
Segundo a Defesa Civil de Pedro Alexandre e a Secretaria de Comunicação de Coronel João Sá, a barragem de Quati transbordou por volta das 6h desta quinta, e se rompeu às 11h.
Já o Governo do Estado disse que não houve rompimento. O G1 questionou se técnicos do estado estiveram no local para constatar que não houve rompimento. No entanto, o governo respondeu que a posição oficial é que não houve colapso na estrutura, mas não detalhou o que de fato aconteceu, e nem como se chegou a essa conclusão.
O Estado ainda disse que a barragem foi construída pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car) e entregue em novembro de 2000 à Associação de Moradores da Comunidade de Quati. O governador Rui Costa vai visitar as duas cidades atingidas na sexta-feira (12).
Segundo o Estado, foram enviados para a região equipes do Corpo de Bombeiros, técnicos da Defesa Civil Estadual e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). O governador Rui Costa disse, também, que serão enviados mantimentos e água mineral para a cidade de Coronel João Sá, a mais afetada pela situação.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional falou em rompimento da barragem e disse que equipes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) estão acompanhando a situação do rompimento da barragem Quati.
Ainda conforme o Ministério, no início da tarde, o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) enviou um alerta por SMS à população de Coronel João Sá recomendando a evacuação de áreas próximas ao Rio do Peixe.
Também em nota, a Agência Nacional de Águas (ANA) disse que, por se tratar de uma barragem em rio estadual, não é responsável pela fiscalização. A ANA ainda afirmou que, guardando as devidas atribuições dos órgãos regionais, acompanha a situação.
Chove forte na região
Pedro Alexandre tem cerca de 16,7 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já Coronel João Sá tem cerca 17 mil. Chove forte nas duas cidades há, pelo menos, cinco dias.
Segundo a Defesa Civil de Pedro Alexandre, de segunda-feira (8) até esta quinta choveu 180 milímetros na cidade. Em menos de 24 horas (entre quarta e quinta-feira), o volume de chuva no município foi de 100 milímetros. Não há detalhes do previsto para a região nesses dias.
Em Coronel João Sá, segundo o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), uma estação registrou 34 milímetros de chuva nas últimas 24 horas. A média histórica da região é de 54 milímetros.
Conforme o Inema, a previsão é que as chuvas continuem nas duas cidades até a próxima quarta-feira (17), mas em menor intensidade do que nos últimos dias.
De acordo com Karla Leão, coordenadora da Defesa Civil em Pedro Alexandre, algumas casas que ficam no povoado de Quati foram tomadas pela água que se misturou à lama.
"Algumas casas foram invadidas, mas não teve feridos. Ainda não conseguimos contato com esses moradores porque o povoado está ilhado. Tem muita lama e água no caminho. Apesar disso, sabemos que eles não foram atingidos porque entramos em contato antes, e eles deixaram as casas antes do rompimento", afirmou a coordenadora.
A Defesa Civil local informou que acionou o Corpo de Bombeiros de Paulo Afonso para ajudar nos atendimentos da região, mas as equipes não conseguiram chegar por causa das estradas que ficaram bloqueadas após a enchente.
"O Corpo de Bombeiros não conseguiu chegar porque não teve acesso pela BR que está inundada. Com isso, nós solicitamos um helicóptero para ter acesso ao local. Conseguimos fazer o alerta para a população de Coronel João Sá com carros de som nas ruas, com ajuda da polícia e das secretarias da prefeitura", disse a Karla Leão.
A coordenadora da Defesa Civil de Pedro Alexandre ainda informou que as equipes da prefeitura fazem o monitoramento da situação nos locais mais atingidos via telefone, justamente por causa da dificuldade de locomoção na cidade.
"Estamos acompanhando a situação via telefone, porque estamos ilhados, sem poder passar para o povoado. A informação que temos é de três casas alagadas e essas famílias que ficaram desabrigadas foram para casas de parentes. Algumas pessoas estão abrigadas no Centro de Referência de Pedro Alexandre", disse.
Prefeito de João Sá fez alerta de enchente
Por conta do transbordamento da barragem, Carlinhos Sobral, prefeito de Coronel João Sá, publicou um vídeo nas redes sociais alertando sobre o risco das pessoas continuarem nas casas que ficam às margens do Rio do Peixe.
“Pessoal, a barragem do Quati estourou. É uma situação atípica. Nunca aconteceu isso com essa barragem. Nós não sabemos as consequências. Eu peço encarecidamente que todas as pessoas que moram em área de risco que saiam das suas casas, que peguem seus documentos pessoais, peguem seus objetos de valores, o que puderem levar. A gente não sabe as consequências, nunca passamos por ela. É melhor prevenir. Estou monitorando. Todas as escolas já estão disponíveis para receber as pessoas", afirmou o prefeito.
Segundo a prefeitura, os bairros atingidos são: Beira Rio, Bonfim, José Antônio dos Santos, Santo Antonio (Rua velha), Galo, Barroquinha, além dos que estão próximos ao rio. A recomendação é que as famílias procurem a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Por volta das 12h30, o prefeito divulgou no perfil oficial no Instagram que as aulas foram suspensas e que as escolas foram disponibilizadas para acolher a comunidade. Conforme o post, as pessoas podem procurar abrigo no Colégio Municipal Maria Dalva, no Ruy Barbosa, Juracy Magalhães e também no Paraíso Infantil.
BR-235 interditada
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um trecho da BR-235, que liga a Bahia a Sergipe, foi totalmente interditado após ser invadido pela água.
Em post no Twitter, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) comunicou que a barragem fica próxima à BR-235 e disse que técnicos do órgão estão no local para verificar possíveis danos à rodovia.
De acordo com a Superintendência de Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec). Por conta da quantidade de lama que se misturou com a água, as estradas estão intransitáveis, o que dificulta o atendimentos pelos órgãos à população.
“Pessoal, a barragem do Quati estourou. É uma situação atípica. Nunca aconteceu isso com essa barragem. Nós não sabemos as consequências. Eu peço encarecidamente que todas as pessoas que moram em área de risco que saiam das suas casas, que peguem seus documentos pessoais, peguem seus objetos de valores, o que puderem levar. A gente não sabe as consequências, nunca passamos por ela. É melhor prevenir. Estou monitorando. Todas as escolas já estão disponíveis para receber as pessoas", afirmou o prefeito.
Segundo a prefeitura, os bairros atingidos são: Beira Rio, Bonfim, José Antônio dos Santos, Santo Antonio (Rua velha), Galo, Barroquinha, além dos que estão próximos ao rio. A recomendação é que as famílias procurem a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Por volta das 12h30, o prefeito divulgou no perfil oficial no Instagram que as aulas foram suspensas e que as escolas foram disponibilizadas para acolher a comunidade. Conforme o post, as pessoas podem procurar abrigo no Colégio Municipal Maria Dalva, no Ruy Barbosa, Juracy Magalhães e também no Paraíso Infantil.
BR-235 interditada
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um trecho da BR-235, que liga a Bahia a Sergipe, foi totalmente interditado após ser invadido pela água.
Em post no Twitter, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) comunicou que a barragem fica próxima à BR-235 e disse que técnicos do órgão estão no local para verificar possíveis danos à rodovia.
De acordo com a Superintendência de Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec). Por conta da quantidade de lama que se misturou com a água, as estradas estão intransitáveis, o que dificulta o atendimentos pelos órgãos à população.