Em um ato histórico, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se reuniram hoje na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias. Durante o encontro, Trump chegou a entrar no território norte-coreano e dar alguns passos, se tornando o primeiro presidente norte-americano a fazer isso.
"Este é um momento histórico", disse o líder norte-coreano Kim Jong Un. Segundo Trump, "atravessar essa linha foi uma grande honra". A pauta principal do encontro foi o programa nuclear da Coreia do Norte.
Trump saiu primeiro do prédio conhecido como Casa da Liberdade, situado no lado sul da JSA (Zona de Segurança Conjunta), no coração da zona desmilitarizada, que separa os dois países desde o fim da Guerra das Coreias (1950-53). Kim se aproximou desde o pavilhão Panmungak, o lado norte da JSA, e foi para a linha de demarcação militar, onde Trump o esperava.
Após cumprimentar-se com um aperto de mãos trocaram breves palavras, com Kim dizendo: "Alegro-me de vê-lo de novo. Jamais esperava vê-lo neste lugar ".
Em seguida, Trump cruzou a zona desmilitarizada e entrou na Coreia do Norte, onde deu poucos passos e ficou alguns segundos. Os dois, então, voltaram para a JSA. Após outro aperto de mãos, Kim cumprimentou o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que também foi à fronteira.
O encontro foi o terceiro entre Trump e Kim. No início de 2019, os líderes encerram um encontro antes do previsto e sem chegar a um acordo sobre o programa nuclear norte-coreano.
Trump convidou Kim para ir aos EUA Reunidos na JSA, Trump e Kim onde conversaram por 50 minutos. Após o encontro, Trump disse que convidou Kim para visitar a Casa Branca, mas não foi divulgado se o convite foi aceito.
O presidente americano disse que "estão acontecendo coisas muito positivas" na península por causa da aproximação entre Washington e Pyongyang iniciada no ano passado. "Nos reunimos e gostamos um do outro desde o primeiro dia e isso é o que importa", acrescentou o presidente americano.
O presidente americano afirmou que ele e Kim concordaram em retomar negociações sobre a desnuclearização da Península Coreana. "É um grande dia para o mundo", afirmou Trump. O norte-americano afirmou que os dois países começarão a realizar reuniões de trabalho "nas próximas duas ou três semanas" sobre o processo de desnuclearização.
"Vamos ter uma equipe trabalhando nisso", disse Trump antes de explicar que à frente dessa equipe vão estar o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o enviado especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun.
O presidente americano assegurou que se tratou de "uma reunião muito consistente" e que "não há pressa" para completar a desnuclearização da Coreia do Norte.
Trump também comentou os recentes testes de mísseis realizados pela Coreia do Norte, argumentando que se tratou de projéteis de curto alcance "que qualquer país testa com regularidade", e disse que por enquanto não vai suspender nenhuma das sanções que pesam sobre o regime de Pyongyang.