Um homem entrou em uma igreja da cidade de Paracatu, em Minas Gerais, e efetuou vários disparos de arma de fogo na noite desta terça-feira (21/5). O crime aconteceu na Igreja Batista Shalom, no Bairro Bela Vista. O atirador foi identificado como Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, ex-militar da Aeronáutica. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, disparado pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), e levado ao hospital logo em seguida. No total, quatro pessoas foram mortas pelo suspeito.
Segundo a PM mineira, antes de abrir fogo no templo religioso, o suspeito esteve na casa da ex-namorada. Enfurecido, ele desferiu uma facada no pescoço da ex-companheira, que morreu na hora. A mãe e a irmã da jovem também estavam em casa na hora do crime, mas não foram atingidas.
Após cometer o primeiro homicídio, o atirador foi para a igreja, onde abriu fogo contra os fiéis. Inicialmente, Rudson matou dois idosos, ambos com disparos na cabeça. Depois, o atirador pegou uma mulher como refém. Assim que os militares chegaram ao local da ocorrência, o homem efetuou um novo disparo e tirou a vida da refém.
Para conter Rudson, policiais militares atiraram contra ele, atingindo-lhe a clavícula. O homem foi levado ao hospital da cidade em estado grave e, até a última atualização desta reportagem, estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Populares tentaram invadir o hospital de Paracatu e a polícia precisou cercar o local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o pastor da igreja sofreu um ferimento no tornozelo. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
O porta-voz da Polícia Militar, major Flávio Santiago, disse que policiais que estavam a patrulha próximo ao local evitaram um massacre maior. "Temos a informação de que ainda haviam 20 pessoas no local e ele estava com mais 6 munições intactas, se a PM não tivesse chegado a tempo, a situação seria muito pior", disse o militar.
Um militar que frequentava os cultos religiosos informou que Rudson frequentava a igreja. A PM diz que ele já teve problemas com drogas e que esse teria sido o motivo de sua saída da congregação. Segundo moradores de Paracatu, o homem reclamava de ouvir vozes.
O atirador usou uma garrucha com capacidade para um tiro. A arma foi apreendida com seis munições não deflagradas.
Correio Braziliense