Não foi neste sábado, 30, que o Vitória voltou a vencer um jogo. O empate em 1 a 1 com o Náutico, no Barradão, pela última rodada da primeira fase da Copa do Nordeste, aumentou o jejum do time para onze jogos sem triunfos. Ainda assim, a noite terminou em comemoração. Isso porque o resultado foi suficiente para o time avançar para as quartas de final da competição regional.
A vaga veio após oito partidas sem vitórias. Foram sete empates e uma derrota ao longo da primeira fase do Nordestão. Com esses sete pontos, o Rubro-Negro alcançou a quarta posição do Grupo A, e na próxima fase vai enfrentar o Fortaleza, líder do mesmo grupo. A vaga na semifinal será decidida em jogo único, na capital cearense, já que o Tricolor teve melhor campanha que o Rubro-Negro. Em caso de empate, disputa de pênaltis.
Começou bem
Antes de a bola rolar Neto Baiano foi homenageado pelo seu jogo de número 150 com a camisa do Vitória. O atacante teve a chance de tornar a tarde ainda mais especial já aos sete minutos da primeira etapa, quando saiu na cara do goleiro adversário. Neto estava tão livre que poderia escolher entre finalizar e driblar Bruno, mas não fez nenhum dos dois e deixou a bola nas mãos do arqueiro adversário.
O gol, no entanto, não demorou muito para acontecer. Aos 11 minutos Yago foi lançado na linha de fundo e conseguiu o domínio. O meia viu bem a chegada de Ruy e rolou a bola para trás. Aí o camisa 10 usou a perna esquerda para acertar um chute de rara felicidade, no ângulo de Bruno.
A partir daí um roteiro clássico do futebol brasileiro foi colocado em campo. O time que sai na frente passa a recuar a espera de um contra-ataque, e a equipe que sofreu o gol começa a pressionar o adversário em busca do empate.
A fragilidade ofensiva do Náutico impedia o time de criar jogadas de perigo, mas o empate dos visitantes veio ainda no primeiro tempo, em jogada construída por Jorge Henrique.
O experiente jogador recebeu a bola pelo lado direito, partiu para cima da marcação e cruzou na medida para Odilávio, que subiu bem e cabeceou para o fundo das redes aos 31 minutos.
Bom para os dois
As equipes voltaram sem mudanças para a segunda etapa. Aquela altura do jogo, o Rubro-Negro contava com o triunfo parcial do Ceará por 3 a 0 diante do Salgueiro para se classificar mesmo com o empate no Barradão. Assim, bastava não perder em casa para ficar com a vaga. Talvez essa seja a explicação para o time atacar com tanta cautela nos 45 minutos finais.
Os volantes Léo Gomes e Paulo Vítor, esse estreante no time principal, se limitavam a defender. Quando o time tinha a bola, a dupla pouco pisava no campo de ataque para ajudar na fase ofensiva. Essa missão era quase exclusiva de Ruy, único jogador que conseguia construir jogadas no Rubro-Negro.
Aos 19 minutos o camisa dez carregou a bola pelo meio e acionou Fabrício pelo lado esquerdo. O lateral recebeu com liberdade e cruzou rasteiro para área. Neto Baiano, de carrinho, chegou a tocar a bola, mas mandou para fora. Logo depois, aos 20, Ruy pegou uma sobra de bola dentro da área do Náutico e mandou uma bomba que explodiu no ombro de Bruno.
Também teve susto do outro lado. Aos 24, Jorge Henrique cruzou mais uma bola na área e Wallace Pernambucano, que tinha acabado de entrar, usou a cabeça para tirar tinta da trave defendida por João Gabriel.
Os resultados da rodada favoreciam as duas equipes, que estavam classificadas e só perderiam a vaga com uma grande reviravolta em outros jogos. O Barradão então virou palco de um jogo com poucas emoções nos minutos finais do jogo, até que o empate em 1 a 1 foi confirmado pelo apito final.
A Tarde / Foto: Adilton Venegeroles