O Exército de Israel anunciou que atacou "bases terroristas" na Faixa de Gaza na noite desta quinta-feira (14). A ofensiva, segundo as forças israelenses, é uma retaliação ao disparo de dois mísseis em direção à cidade de Tel Aviv.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), acusaram o grupo Hamas pelo ataque, que, no entanto, negou ter atacado Israel, de acordo com a agência France Presse. A cidade de Tel Aviv fica a cerca de 70 km de Gaza. O Hamas controla a Faixa de Gaza, povoada por palestinos. Momentos depois do ataque a Gaza, o Exército de Israel informou que sirenes tocaram no sul do país.
RAW FOOTAGE: Earlier this evening, air raid sirens sounded in #Tel Aviv after two rockets were launched from #Gaza at Israel. pic.twitter.com/9DXEYrxCom— Israel Defense Forces (@IDF) 14 de março de 2019
É a primeira vez que Israel ataca bases em Gaza desde 2014 – ano da escalada nas tensões na região. Segundo o site Haaretz, não há relatos de feridos nem em Tel Aviv nem na área onde vivem palestinos.
As IDF disseram que sirenes alertaram a população de Tel Aviv por causa do sobrevoo dos mísseis. Nenhum deles, porém, atingiu a cidade. Um caiu no mar e outro, em algum ponto fora da área urbana, segundo o prefeito de Tel Aviv.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores de Israel, não houve operação dos sistemas anti-aéreos para interceptar os mísseis.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou reunião com chefes de segurança pouco depois do lançamento dos mísseis em direção a Israel.
Governo brasileiro condena disparos contra Israel
Em nota, o governo brasileiro condenou o lançamento de mísseis de Gaza contra a região central de Israel. "Nada pode justificar o disparo indiscriminado de foguetes contra centros urbanos, em ataques que têm como alvo a população civil", diz o Itamaraty.
O órgão também destacou "a eficácia do sistema 'Iron Dome' de Israel, que interceptou um dos projéteis (o outro caiu em área despovoada), e insta os grupos que controlam a Faixa de Gaza a colocarem fim aos ataques".
Os governos de Brasil e Israel se aproximaram neste ano, desde a posse do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. O Exército israelense, inclusive, participou das operações de resgate em Brumadinho.
G1