De acordo com o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2018, 255 cidades baianas se encontram em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Desse total, 186 estão em alerta e 69 em risco de surto das doenças. Outras 162 estão em situação satisfatória. A cidade de Salvador se encontra em situação de alerta. Na Bahia, a maior parte dos criadouros foi encontrada em depósito de água (5.427), depósitos domiciliares (1.735) e lixo (490).
Mil caminhonetes foram entregues em diferentes regiões do País onde irão atuar como força efetiva no combate ao mosquito. A entrega foi feita nesta quarta-feira, 12, em Brasília, pelo presidente Michel Temer e o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. Com essas caminhonetes, os estados e municípios podem acoplar os equipamentos de fumacê para ações locais. Ao todo, foram investidos R$ 109,4 milhões na aquisição dos veículos.
Dados Nacionais
Em todo o País, 5.358 municípios, 96,2% da totalidade de cidades, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.
Dados Epidemiológicos
Até 10 de novembro, foram notificados 228.042 casos de dengue em todo o país, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (226.675). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 109,4 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 173 mortes em 2017 para 136 neste ano.
Fonte: A Tarde