A Polícia Federal apreendeu o celular de Maykon Santana Aníbal e uma arma de brinquedo. No domingo (7), ele usou a ponta da arma para pressionar os botões da urna em Cornélio Procópio, no Paraná. Maykon será investigado por quebra do sigilo do voto.

A Polícia Federal chegou a Maykon a partir de uma técnica específica para identificar de forma precisa postagens como as dele. Essa foi a primeira operação feita a partir do rastreamento de redes sociais na eleição.

Os policiais identificaram as características faciais de Maykon – são pontos do laudo a que a TV Globo teve acesso. Esses pontos bateram com as fotos dele em bancos de dados oficiais, usando técnicas como avaliação de cicatrizes, saliência de ossos, rugas que permitem a individualização.

Em Sergipe e São Paulo, a PF intimou duas pessoas que postaram mensagens ameaçadoras envolvendo os candidatos Fernando Haddad, do PT, e Jair Bolsonaro, do PSL. Eles serão investigados por incitação ao crime. As mensagens chegaram a ser apagadas, mas foram recuperadas pela perícia.

O delegado responsável pelo caso explicou que a internet não é um terreno de anônimos; ao contrário, as pessoas podem ser identificadas e punidas.

“Todas as ações da internet, assim como no mundo real, têm consequências. E a PF mantém esse monitoramento em redes sociais abertas. A gente utiliza ferramentas que possibilitam identificar pessoas”, explicou Guilherme Torres, delegado da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.

Maykon Santana Aníbal declarou que está arrependido.

Fonte: G1

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