Dentre todas as divergências políticas, ideológicas e polarização existentes nessas eleições, uma coisa é unânime: as redes sociais impactaram diretamente no eleitorado brasileiro. Analistas políticos e especialistas em tecnologia da informação evidenciaram o desinteresse do eleitor pela forma tradicional de campanha, em TV e rádio, e observaram a crescente investida dos marqueteiros nas mídias sociais.

Com a facilidade no envio e recebimento de informações através da internet, nunca se viu tamanho 'bombardeio' de pautas, promessas, acusações e tentativas de convencimento por parte dos candidatos e suas militâncias. E tudo sem os custos elevados das tradicionais campanhas publicitárias. Por outro lado, as Eleições 2018 também foram o palco ideal para as fake news, ou notícias falsas, combatidas rigorosamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Enfim, liberdade!

Há uma década, os candidatos nanicos, sem muita expressão política ou com uma 'tropa de choque' a seu favor, não conseguiam sequer apresentar projetos ao seu eleitor. Isso porque o tempo de TV e de rádio eram pequenos e não haviam outros meios de comunicação a baixo custo, onde pudessem disseminar suas propostas. 

Com o advento da globalização, várias melhorias modernas surgiram no mundo. Uma delas foi a democratização da informação: as pessoas nunca tiveram acesso a tantas informações quanto agora. Na política, isso acabou por forçar os candidatos a se adequarem à nova realidade, já que grande parte dos eleitores não são mais reféns da grande mídia e dos mirabolantes projetos de marketing. 

A construção da imagem de um determinado candidato e o debate dos temas importantes para a população, hoje independem dos conteúdos produzidos pelas equipes de campanha, acontecem nos grupos de aplicativos e redes sociais diversas, nos smartfones. Sim, a internet é o meio mais democrático e livre para debates, salvo os excessos de alguns.

As eleições desse ano nos mostra uma nova realidade, um novo cenário no país, e uma infinidade de possibilidades de como se fazer política.

Fonte: Jacobina Notícias

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