A nove dias do segundo turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, mantém vantagem confortável sobre seu adversário, Fernando Haddad (PT), de acordo com pesquisa concluída pelo Datafolha nesta quinta (18). Segundo o instituto, o capitão reformado tem 59% das intenções de votos válidos, sem contar eleitores dispostos a votar em branco ou nulo, ou que estão indecisos. O ex-prefeito petista está com 41%.

No levantamento anterior do Datafolha, realizado na semana passada, três dias após o primeiro turno da eleição, Bolsonaro apareceu com 58% das intenções de voto e Haddad, com 42%.

O Datafolha entrevistou 9.137 eleitores em 341 municípios na quarta (17) e nesta quinta. A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo.

As oscilações observadas nas preferências dos dois candidatos estão dentro da margem de erro do estudo, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A vantagem de Bolsonaro sobre Haddad continua maior entre os homens (58% a 32%) do que entre as mulheres (43% a 39%). A resistência do eleitorado feminino ao capitão é grande desde o início da campanha presidencial. O candidato do PT só aparece à frente do adversário no Nordeste, o mais fiel reduto petista. Haddad tem 53% das intenções de voto na região e Bolsonaro aparece ali com 31%.

Em todas as outras regiões, o candidato do PSL vence o rival petista com ampla vantagem. No Sudeste, ele alcança 55% e Haddad tem 29%. Na região Sul, Bolsonaro está com 61% e o petista, 27%.

Os eleitores do capitão são mais convictos do que os seguidores de Haddad. Segundo o Datafolha, 95% dos apoiadores de Bolsonaro dizem que estão completamente decididos. Entre os que votam em Haddad, 89% dizem o mesmo.

Entre os eleitores que se dizem dispostos a votar em branco ou anular o voto, 25% afirmam que ainda podem mudar de ideia e optar por um candidato até o dia da votação, que será realizada no dia 28.

A rejeição a Haddad superou a de Bolsonaro. De acordo com a pesquisa, 54% dos eleitores dizem que não votariam no petista de jeito nenhum e 41% rejeitam o capitão.

A poucos dias do segundo turno da eleição presidencial de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com pequena vantagem sobre Aécio Neves (PSDB), a candidata petista era rejeitada por 37% do eleitorado e seu rival tucano, por 41%, como Bolsonaro agora.A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-07528/2018.

Vale lembrar que esta pesquisa foi feita antes de o jornal "Folha de S. Paulo" noticiar um suposto esquema de caixa dois da campanha de Bolsonaro envolvendo o aplicativo "WhatsApp".

Fonte: Folhapress

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