Em Petrópolis, interior do Rio de Janeiro, Paloma Botelho Vasconcelos, de 21 anos, chocou o Brasil ao matar a sua mãe, Dircilene Botelho, inspirada em uma cena da novela Segundo Sol, da Rede Globo´. Na cena exibida na trama, no capítulo do dia 2 de outubro, Laureta (Adriana Esteves) mata a Galdino (Narcival Rubens), seu capanga, com uma injeção de ar.
Paloma seguiu os passos da cena, inclusive o crime foi cometido no mesmo dia da exibição do capítulo. Segundo a polícia, a jovem injetou ar com uma seringa no pulso da mãe. A empresária foi enterrada no dia 3 com atestado de óbito de morte natural, mas como não há plano perfeito, o padrasto de Paloma descobriu tudo.
Manuel da Silva, de 68 anos, vinha desconfiando de estar sendo roubado e instalou câmeras dentro de casa. Na quinta-feira (5), ao rever as imagens, descobriu que a esposa foi torturada e em seguida assassinada. O crime teve a ajuda de Gabriel Neves, 26 anos, o namorado de Paloma.
Seu Manuel foi denunciar o crime, mas os PMs não puderam prender a garota e seu namorado, pois a legislação eleitoral proíbe. “Antes das eleições só é possível deter alguém em flagrante”, contou ao Notícias da TV o advogado André Lozano.
“Eles aplicaram um pano com formol no nariz da vítima. Depois a ‘colocaram no saco’, como no filme Tropa de Elite [2007], amarrando com uma fita na cabeça”, contou ao Notícias da TV o inspetor da Polícia Civil Alexandre Gheren, 44.
“A Paloma admitiu no depoimento que, como a mãe ainda se mexia depois da asfixia, [e por isso] usou a injeção da Laureta para matá-la”, contou.
Segundo Gheren, ela procurou seguir ao máximo o roteiro da cena, buscando uma veia no pé para injetar o ar, mas como não achou, aplicou no pulso.
“A Paloma era depressiva, e todos falam aqui na região que tomava remédios”, contou Leonardo Bertoz, chef de cozinha do restaurante Luka’s, que localiza-se ao lado da casa da vítima. O inspetor Gheren confirmou o uso de medicamentos.
Fonte: TV Foco