Um atirador abriu fogo neste sábado na sinagoga Árvore da Vida em Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia. Onze pessoas morreram e seis ficaram feridas, segundo a rede de televisão CBS News. O ataque aconteceu por volta das 10h (11h, em Brasília), portanto, durante o Shabat, dia especial de orações entre os judeus.

Todas as pessoas foram retiradas do prédio da sinagoga. O suspeito de ser o atirador, Rob Bowers, morador de Pittsburgh de 46 anos de idade, foi preso, portando um fuzil e duas pistolas automáticas. Ele teria mencionado que mataria judeus. Ao tentar sair da sinagoga, trocou tiros com a polícia. Pelo menos quatro policiais estão entre os feridos.

“Há mortes”, declarou o administrador do Condado de Allegheny, Rich Fitzgerald, sem acrescentar mais detalhes.

O ataque se deu justamente no momento em que as pessoas estavam rezando em uma capela. Stephen Weiss, de 60 anos, disse para o jornal Tribune Review, que ouviu tiros e conseguiu escapar da sinagoga. Uma cerimônia de circuncisão estava em andamento na sinagoga quando o atirador ingressou no prédio.

A vizinhança onde está localizada a sinagoga Árvore da Vida, Squirrel Hill, é considerada uma das mais tranquilas de Pittsburgh.

O comandante da polícia de Pittsburgh, Jason Lando, também confirmou haver vários mortos e fez uma séria advertência para os moradores da região.

“É imperativo que os vizinhos desta comunidade ao redor da sinagoga Árvore da Vida se mantenham dentro de suas casas e em lugares bem abrigados. Não saiam de casa agora. Não é seguro”, alertou, em uma indicação de que a polícia ainda investiga a existência de outros atiradores ou cúmplices.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou pelo Twitter que está acompanhando os acontecimentos na Pensilvânia.

O massacre acontece apenas um dia depois da prisão do suspeito de enviar pacotes-bomba a proeminentes figuras do Partido Democrático, entre as quais o ex-presidente Barack Obama e a ex-secretária de Estado e candidata à Casa Branca em 2016 Hillary Clinton. Cesar Sayoc, o suspeito, é um fanático republicano.

Em São Paulo

Ao contrário do que tradicionalmente ocorre, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que não determinou reforço de policiamento em sinagogas e outras instituições da comunidade judaica no Estado, segundo sua assessoria de imprensa. Na Polícia Militar, a assessoria de imprensa disse não estar informada sobre medidas adicionais de segurança nesses locais.

A Congregação Israelita Paulista (CIP) indicou que a questão da segurança está sendo tratada em esferas mais altas de governo. A CIP não quis dar declarações sobre a atentado em Pittsburgh.

Fonte: Veja

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