O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou em entrevista exibida pela TV Bandeirantes na noite desta quinta-feira, 11, que, em caso de ser eleito, vai limitar o primeiro ano de governo a tratar do regime do servidores públicos.

Os demais assuntos relacionados à Previdência, de acordo com Haddad, somente serão tratados posteriormente. O petista afirmou ainda que vai "atacar" privilégios.

Haddad criticou ainda a reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer (MDB). "Ele quer colocar o trabalhador rural, o pobre, em apuros", disse.

Banco Central

Haddad afirmou ma entrevista que, se for eleito, o Banco Central terá a função de controlar a inflação e de "buscar meios para reduzir os juros ao tomador".

Porém, no programa de governo protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a chapa do petista defende que o BC "reforçará o controle da inflação e assumirá também o compromisso com o emprego (mandato dual)". Haddad não mencionou à Band a questão do emprego.

Sobre o perfil do presidente da instituição, Haddad disse que vai indicar alguém que "entende de banco", já que o BC será responsável por conduzir a reforma bancária que ele propõe. "Vamos adotar padrão bancário internacional, vai trazer fintechs, estimular a competição", disse.

Fazenda

Haddad criticou na entrevista a escolha de Paulo Guedes para comandar a economia em um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com o petista, se ele for eleito, o ministro da Fazenda será alguém "ligado ao setor produtivo, não banqueiro como o Paulo Guedes".

O petista disse ainda que a prioridade dele na economia será a realização de reformas bancária e fiscal, bem como a zeragem do Imposto de Renda para quem recebe até cinco salários mínimos. "Este é o plano econômico de largada", afirmou.

Sobre a proposta do IR, ele disse que será possível reduzir para quem recebe até cinco salários mínimos "cobrando imposto de renda de quem não paga hoje".

Na entrevista, exibida no Jornal da Band, o petista disse que o plano dele prevê a simplificação tributária. "Vamos reduzir seis, sete impostos para um só. Queremos simplificar, deixar de um modo mais simples de recolher", afirmou.

Ele disse ainda que o plano de governo não inclui a recriação da CPMF.

Supremo e Lava Jato

Haddad voltou a defender a instituição de mandatos para ministros de tribunais superiores. "Tem casos de pessoas que entram (em tribunais superiores) com 40 anos. A pessoa fica até os 75 anos. A questão do mandato pode dar uma oxigenada maior", afirmou.

Ainda sobre Justiça, Haddad disse que não pensa em estabelecer limite "nenhum" à Lava Jato. O petista defendeu ainda que as operações da Polícia Federal "não tenham partido".

Venezuela

Fernando Haddad se esquivou de dar opiniões sobre a Venezuela e se limitou a dizer que o ambiente no país "não é democrático".

"Nós temos de ajudar a Venezuela, para que ela tenha uma saída democrática", afirmou.

Fonte: Estadão Conteúdo

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