Pelo menos 29 pessoas morreram durante um desfile militar no sudoeste do Irã neste sábado (22), segundo um novo balanço divulgado pela TV estatal. O ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Teerã chegou a acusar um “regime estrangeiro” apoiado por Washington de estar por trás da operação. 

Um grupo de homens armados abriu fogo durante evento militar pela manhã, em Ahvaz, capital da província de Khuzistão, com população majoritária de árabes. Dezenas de pessoas ficaram feridas. Há mulheres e crianças entre as vítimas. O ato foi qualificado de “terrorista” pelas autoridades.

Logo após o atentado, os Guardiões da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, acusou os terroristas de ligação com um grupo separatista apoiado pela Arábia Saudita. Antes da reivindicação do grupo jihadista, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, apontou o dedo para os Estados Unidos. Em um tuíte, ele declarou: “o Irã considera que os padrinhos regionais do terrorismo e seus mestres americanos são os responsáveis pelo ataque”.

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Mártires

Dezenas de “mártires” foram mortos no ataque, incluindo uma menina e um ex-combatente que estava em uma cadeira de rodas, declarou o general Abolfazl Shekarchi, porta-voz das Forças Armadas iranianas, pela TV estatal. Ele acrescentou que três dos terroristas foram abatidos no local do ataque e que um quarto, ferido, morreu no hospital.

Primeiro chefe de Estado estrangeiro a se manifestar, o presidente russo, Vladimir Putin, se disse “horrorizado pelo ataque” e ofereceu seus pêsames ao presidente iraniano, Hassan Rohani. “Esse ato nos lembra a necessidade de uma batalha sem tréguas contra o terrorismo sob todas as suas formas”, disse o líder russo, através do Kremlin.

O atentado aconteceu no dia em que o Irã marca a Jornada Nacional das Forças Armadas, no mesmo dia em que Bagdá iniciou a guerra Irã-Iraque (1980-1988).

Com informações da AFP

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