A Usiminas confirmou no início da tarde desta sexta-feira, 10, por meio de nota de sua assessoria de comunicação, que registrou uma explosão em um gasômetro da Usina de Ipatinga, na região leste do Estado de Minas Gerais. Ao todo, 34 feridos foram encaminhados a hospitais. 

De acordo com a empresa, até as 14 horas não havia registro de mortos, mas toda a área de risco da usina foi evacuada. A equipe de brigadistas da empresa está atuando no local e, segundo a assessoria, a canalização de gás já foi bloqueada e não há vazamento.


Entre os feridos, uma teve ferimento na face, uma estava com suspeita de intoxicação e as demais com quadros de mal súbito decorrente do pânico ou inalação de gás. Algumas vítimas já haviam sido liberadas nesta tarde. O hospital não forneceu a lista das vítimas.

O comandante do 11.º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Ipatinga, major Nunes, afirmou que não houve mortos por causa da explosão e que os feridos foram encaminhados ao hospital da cidade pelos próprios brigadistas da Usiminas. No momento, segundo o major, os bombeiros estão no interior da unidade.

Parte do centro da cidade também foi evacuada, de acordo com informações dos bombeiros. Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga estavam no início da tarde desta sexta na portaria da planta em busca de informações sobre a explosão.

Danos. A Câmara Municipal de Ipatinga emitiu uma nota em que informa que a explosão foi "sentida fortemente por todos que estavam no prédio". A Câmara informou, ainda, que a estrutura sofreu danos: vidros foram quebrados e parte do forro se desprendeu em algumas salas. Os servidores foram liberados na tarde desta sexta.


Rafael Machado, de 29 anos, funcionário de uma sorveteria que fica próxima do gasômetro da Usiminas que explodiu diz que ouviu um barulho forte no momento da explosão. "Escutei o barulho e já liguei os fatos de que poderia ser um acidente. Foi um barulho muito alto, a loja aqui tremeu."

Segundo ele, a sorveteria recebia, na hora da explosão, funcionários da Usiminas que estavam em horário de almoço. "Eles vieram tomar sorvete e ficaram todos assustados", disse. Do estabelecimento, era possível ver a fumaça na região do gasômetro.

Funcionário da Usiminas, Maurício Ribeiro, de 36 anos, conta que estava em horário de almoço, por volta de 11h40, quando ouviu a explosão do gasômetro. "Rapidamente já passou o pessoal (outros funcionários da empresa) pedindo para todo mundo sair pela portaria do Bom Retiro (bairro da cidade). Não deu tempo de pegar nada, nem documento." Segundo ele, não houve correria. As equipes que começariam o trabalho às 15 horas foram dispensadas.

O comerciante Fernando Viana, de 41 anos, estava em um shopping da região no momento do acidente e disse que foi possível ouvir o barulho. “Deu para ouvir a explosão e, em volta, tudo balançou bastante. Não deu para perceber de onde vinha.”

Viana disse que rapidamente começaram os comentários nas redes sociais e que, inicialmente, as pessoas se preocuparam com as consequências da explosão. Já na sorveteria onde trabalha, algumas horas após o acidente, o comerciante disse que o clima estava mais tranquilo.

“Lá é um balão de gás e a gente não sabe que tipo de gás tem lá dentro, se podia vazar. Mas a gente recebeu um áudio do comandante do batalhão falando que não tem risco.”

O secretário Augusto Cézar Maciel, de 19 anos, estava em casa e conta que ainda conseguia sentir o cheiro que saía do local durante a tarde. “Foi um barulho muito forte e deu para ver (onde tinha ocorrido a explosão). O gás não é tóxico, mas está dando para sentir até agora. É quase como enxofre.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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