A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de Denis Cesar Barros Furtado, um médico conhecido como "Doutor Bumbum", de 45 anos. Ele é responsável por um procedimento estético que levou à morte de uma mulher de 46 anos, na madrugada do último domingo (15).

A bancária Lilian Calixto morava em Cuiabá (MT) e viajou até a capital fluminense para realizar um procedimento estético nos glúteos. Ela foi atendida no último sábado (14), em um apartamento na Barra da Tijuca. A paciente passou por complicações e foi levada pelo médico para o Hospital Barra D'or, em estado considerado gravíssimo.


O hospital informou, segundo o site UOL, que foram realizadas "manobras de recuperação". No entanto, não foi possível reverter o quadro de saúde da paciente, que morreu no domingo.

Furtado está foragido. A mãe do médico, que teria participado do procedimento, também não foi encontrada pela polícia. Já a namorada do "Doutor Bumbum", Renata Fernandes, teve prisão temporária decretada depois de prestar depoimento na 16ª DP, por envolvimento no atendimento. 


Investigação

A suspeita é de que a paciente tenha sofrido uma embolia pulmonar devido à aplicação de PMMS (polimetilmetacrilato), substância utilizada em preenchimentos corporais e faciais. No entanto, a causa da morte ainda não foi confirmada. O caso é investigado pela Polícia Civil. 

Após o caso, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Nelson Nahon, afirmou que será aberta uma sindicância para investigar a conduta do médico. Nahon acrescentou que a mãe de Furtado é uma médica que teve registro cassado pelo Cremerj.

Segundo o jornal O Globo, a delegada Adriana Belém, titular da 16ª DP, informou que o médico já tem oito anotações em sua ficha criminal. Datada de 1997, a primeira delas é por homicídio. No entanto, não há detalhes do crime. As outras anotações são por porte ilegal de arma (2003), crime contra a administração pública (2003), ameaça (2003), resistência à prisão (2006 e 2007), violação de domícilio (2007) e exercício arbitrário das próprias razões (2007) — quando a pessoa cobra de maneira errada algo a que tem direito.

Com informações do jornal O Globo

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