O médico Denis César Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, e sua mãe, Maria de Fátima Furtado, já foram alvos de um inquérito em que os dois eram apontados como suspeitos da morte de um namorado dela, José Roberto Camillo Monteiro, em 1997. Ambos foram presos nesta quinta-feira (19), acusados pela morte de uma bancária após procedimento estético na casa do médico.

O inquérito sobre o caso anterior, de outubro de 1999, foi divulgado pelo G1. Nele, o detetive José Carlos Faria da Costa pediu o indiciamento do médico e da mãe, mas a investigação não seguiu adiante. O caso prescreveu em 2017, vinte anos após o crime. 

O arquivamento do inquérito foi determinado a pedido do Ministério Público, em razão de ter atingido o prazo de prescrição previsto na legislação. “Assim, com o decurso de mais de 20 (vinte) anos desde a data dos fatos, é de rigor a decretação da prescrição, por exigência do art. 61 do Código de Processo Penal”, escreveu o juiz Carlos Gustavo Vianna Direito.

O assassinato ocorreu em 12 de março de 1997, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O namorado de Maria de Fátima foi encontrado morto com um tiro na cabeça. Denis, na época com 24 anos, e um filho de Monteiro com outra mulher também moravam na mesma casa.

No inquérito, o detetive aponta contradições nos depoimentos de Denis e Maria de Fátima e pede o indiciamento dos dois pelo crime de homicídio. A Polícia Civil e a defesa de Denis e Maria de Fátima ainda não se manifestaram sobre o documento.

Uma das informações desencontradas, segundo o relatório, é que mãe e filho disseram que Monteiro havia ido buscá-la no consultório onde ela trabalhava, na Barra da Tijuca. Mas o motorista da família contou à polícia que Maria de Fátima havia passado o dia inteiro em casa. 

Em outro trecho, o policial observa que Maria de Fátima tentou levantar o marido da cama, mas não conseguiu por conta do peso. A perícia, no entanto, disse que o corpo não foi removido em nenhum momento.

Denis disse à polícia que, ao chegar em casa, o portão estava aberto e os cães não estavam em casa. O depoimento do motorista apontava para o contrário: o portão estava fechado e os cachorros, soltos.

“Tudo nos leva a crer que, Maria de Fátima, contando com a participação de seu filho, Denis, praticaram o homicídio de José Roberto Camilo Monteiro, aproveitando o fato de a vítima estar envolvida em práticas ilícitas do tipo penal estelionato, com finalidade de obter uma vantagem financeira em decorrência dos golpes praticados pela vítima” diz o laudo pericial.

Fonte: VEJA

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