Com a proximidade da Copa do Mundo e do São João, os soteropolitanos começam a se mobilizar para comprarem fogos de artifício.
Porém, a feira especializada na comercialização desses produtos, que esse ano está novamente sendo montada no bairro de Stella Maris, ainda não foi inaugurada. A alternativa, por enquanto, é buscar pontos de venda avulsos – a maioria não autorizada.
A reportagem de A TARDE circulou por bairros populares de Salvador e encontrou barracas e mesas montadas em Itacaranha, São Rafael, São Joaquim e nas avenidas Suburbana e Barros Reis, onde é posível encontrar os fogos – em pontos de venda improvisados – com facilidade.
Traques, estalos bebê e chuva de prata atraem a atenção das crianças, mas acabam servindo como um indicativo de possíveis locais onde o consumidor pode encontrar foguetes e bombas.
Estocados em depósitos de produtos comuns – geralmente nos fundos das lojas – esses fogos podem representar um risco aos consumidores.
O proprietário de um estabelecimento na feira de São Joaquim afirmou que vende fogos durante o período junino há quase 10 anos.
“Já vendi foguetes e bombas, mas abandonei a comercialização depois que fui conduzido à delegacia pelo Exército”, contou, sob anonimato. Segundo ele, apesar da forte fiscalização, em alguns locais da feira ainda é possível encontrar os produtos pirotécnicos.
Fiscalização
A Secretária de Desenvolvimento Urbano (Sedur) informou que enviou uma equipe de fiscalização à feira de fogos em Stella Maris, na tarde desta sexta-feira, 8, e foi constatado que o local não está funcionando por causa do processo de licenciamento, ainda em andamento.
De acordo com o órgão municipal, a feira não apresentou o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a licença exigida para exibição de publicidade e a titularidade do terreno.
Em visita ao local, funcionários dos estabelecimentos informaram que a inauguração do espaço está prevista para a próxima terça-feira.
Foguetes e bombas
Em São Joaquim, é possível achar foguetes e bombas vendidos de forma ilegal. Para comprar, basta ser adulto e desembolsar R$ 18 para ter uma caixa de adrianinos com 12 tiros, e R$ 2,20 para comprar uma ‘bola Brasil’, bomba de grande alcance.
O vendedor admitiu que os produtos são ilegais, mas questionou a fiscalização para impedir que eles cheguem a Salvador.
A Tarde