Traficantes que atuam em Campo Grande, zona oeste do Rio, teriam assumido o controle de estações do BRT (Bus Rapid Transit) que ficaram fechadas por conta da falta de combustíveis. O BRT é o sistema de ônibus articulados que trafegam por vias expressas. Segundo secretário da Casa Civil da Prefeitura do Rio, Paulo Messina, bandidos teriam aproveitado o momento para ocupar ao menos cinco estações no trecho entre as estações Campo Grande e Cesarão 1, que tem 21 estações. 

Em entrevista nesta terça-feira (29), Messina disse que os locais viraram "quiosques do tráfico de drogas". Ainda segundo o secretário, criminosos estariam ameaçando funcionários da concessionária, além de atirarem pedras contra coletivos que passam no local. 

O trecho Cesarão-Campo Grande ficou sem operar nos últimos dias de paralisação de caminhoneiros. Sem combustível, a concessionária deu prioridade a trechos com maior movimento. No domingo, quase 100% do serviço não operou por falta de diesel. 

Nesta terça-feira (29), o sistema havia voltado ao normal, mas precisou manter o trecho fechado em decorrência da violência. A Prefeitura pediu ajuda da secretaria de Segurança Pública, que ainda não se manifestou. "As estações viraram grandes lojas do tráfico de drogas e o poder público perdeu o controle", disse Messina.

ÔNIBUS  

A frota de ônibus convencionais da capital do Rio opera com 75% de sua capacidade, segundo a Rio Ônibus, sindicato das empresas que atuam na cidade. Apesar da normalização parcial, há pouca demanda pelos coletivos, já que muitas pessoas deixaram de circular na cidade nos dias de mobilização de caminhoneiros. 

Com informações da Folhapress

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