O apagão ocorrido nesta quarta-feira (21), que afetou o Norte e o Nordeste do País, reacende a necessidade de ampliar os investimentos no setor de energia renovável. Aqui na Bahia, mais de 15 milhões de habitantes ficaram às escuras. E é também aqui no Estado que há o maior potencial elétrico de fonte sustentável, com mais de 84%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Estado responde por mais de 84% do potencial energético de fonte sustentável do País (Foto: Ulgo Oliveira) |
A Bahia possui a maior capacidade de energia solar do Brasil, e está em segundo lugar na geração de energia eólica. O estado conta com 93 parques eólicos e 15 parques de energia com fonte solar em operação comercial. A estimativa é de que a potência gerada pelos ventos seja capaz de abastecer cerca de 6,4 milhões de residências, levando em consideração um consumo médio mensal de 110kWh.
A expectativa é de crescimento para o setor, pois há uma previsão de ampliação na capacidade de geração para o Estado a partir da implantação de 89 parques eólicos, já em andamento, e mais 69 que vão entrar em construção.
A importância de realizar investimentos nesta área é destacada como essencial pelo secretário de Infraestrutura (Seinfra), Marcus Cavalcanti. “Investir em energia limpa é a saída para evitar crises energéticas. A Bahia tem sido protagonista no fomento de energia limpa e em pesquisas neste setor, inclusive, ampliando projetos híbridos, que contemplam a geração de energia a partir de fonte solar e eólica”.
Atlas Solar
A expansão do uso de energias renováveis no estado e a viabilidade comercial estão mapeadas no novo atlas solar da Bahia, previsto pra ser lançado neste primeiro semestre. Nesta edição, estão apresentadas pesquisas de projetos híbridos em cidades como Bom Jesus da Lapa e Tabocas do Brejo Velho, que possuem capacidade de gerar energia solar (de dia) e eólica (à noite). “Os números da Bahia são positivos e precisam ser vistos com entusiasmo”, explica o gestor da Seinfra. Somente na geração de energia solar são investidos mais de três bilhões de reais, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Ascom / Foto: Ulgo Oliveira