O número de mortos nos bombardeios da aviação síria e russa e da artilharia governamental contra Ghouta Oriental na segunda-feira (5) subiu para 80, enquanto os feridos chegam em 300, segundo ativistas que denunciaram um suposto ataque químico contra a região.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, as pessoas morreram devido aos ataques contra as localidades de Haza, Zamalka, Kafr Batna, Al Ashari e Saqba, em Ghouta Oriental.
A mesma fonte referiu que pelo menos 18 pessoas ficaram com sintomas de asfixia nos bombardeamentos contra a localidade de Hamuriya, onde se espalhou um mau cheiro após os ataques.
O porta-voz da Defesa Civil Síria em Ghouta Oriental, Mahmus Adam, manifestou por telefone à agência EFE que as equipes da sua organização, que faz trabalhos de resgate em áreas fora do controle do Governo, atenderam 30 civis, entre eles 15 menores de idade, com sintomas de falta de ar.
Adam acusou as forças governamentais sírias de terem atacado com gás cloro os bairros residenciais de Hamuriya.
Entre os atingidos por este ataque estão dois voluntários dos chamados capacetes brancos, que pertencem à Defesa Civil Síria.
Adam denunciou ainda que os bombardeios e os disparos de artilharia se intensificaram na região, coincidindo com a entrada de um comboio humanitário que se dirigiu a Duma, a maior cidade de Ghouta Oriental.
"O comboio teve de se retirar antes dos bombardeios e não conseguiu distribuir todo o material. Houve nove veículos que não puderam descarregar todo o suprimento que transportavam", lamentou.
O Observatório afirmou que segunda-feira foi o dia mais sangrento em Ghouta Oriental desde que, no passado dia 24 de fevereiro, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução que instava a uma trégua de um mês em toda a Síria.
Ghouta Oriental está desde do último dia 18 de fevereiro sob uma escalada de ataques das forças governamentais e dos seus aliados que já matou 775 pessoas e fez 3.900 feridos.
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