O brasileiro Jonatan Moisés Diniz, que estava preso na Venezuela, foi deportado neste sábado (6/1) para os Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que recebeu informações preliminares do governo venezuelano de que o rapaz de 31 anos já teria embarcado em um voo para Miami. Ainda não há a confirmação, contudo, de que ele tenha chegado aos EUA. A família do jovem foi avisada.



A libertação de Jonatan foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Por meio do Twitter, ele disse que o "incidente" envolvendo o jovem foi encerrado com a "expulsão" dele da Venezuela.


Em 26 de dezembro, Jonatan fez o último contato com a família. No dia seguinte, o militar e político venezuelano Diosdado Cabello anunciou em seu programa de televisão que o brasileiro teria sido detido pelo governo do país vizinho.


Desde então, o Itamaraty tem buscado informações sobre a situação de Jonatan junto ao governo da Venezuela. Porém, apenas nessa sexta-feira (5/1) veio a confirmação de que o brasileiro estava, de fato, preso. Segundo o Ministério das Relações Exteriores venezuelano, o rapaz estava detido em um edifício de segurança em Caracas, "em um bom estado de saúde".


Após a confirmação da prisão, o Itamaraty afirmou, em nota, que tentava conseguir uma autorização para fazer uma visita consular ao cidadão brasileiro, "o que poderia ocorrer nas próximas horas" Além disso, a pasta disse estar em contato com a família de Jonatan para informá-la sobre a situação do rapaz.


Jonatan seria membro de uma ONG filantrópica que atua na Venezuela. No entanto, após o anúncio de sua prisão, o deputado chavista acusou a entidade de atuar, na prática, como uma "organização criminosa com tentáculos internacionais”.


Os governos brasileiro e venezuelano estão em crise diplomática desde a semana passada, quando o embaixador do Brasil em Caracas foi declarado persona non grata pela Assembleia Nacional Constituinte.

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