O presidente Michel Temer (PMDB) oficializou na tarde desta quarta-feira, 8, a nomeação do delegado de carreira Fernando Segóvia como diretor-geral da Polícia Federal, substituindo o também delegado Leandro Daiello. Segóvia esteve no gabinete do presidente acompanhado do ministro da Justiça, Torquato Jardim, a quem a PF é subordinada.
Em nota divulgada por volta das 16 horas, o ministério confirmou a troca, antecipada pelo Estado. O governo assume o compromisso de não haver nenhuma mudança e interferência nos rumos da Lava Jato.
"O Ministério da Justiça comunica que o senhor Presidente da República escolheu nomear o Delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral do Departamento de Polícia Federal. Nesta mesma oportunidade, o ministro da Justiça expressa ao Delegado Leandro Daiello seu agradecimento pessoal e institucional pela competente e admirável administração da Polícia Federal nos últimos seis anos e dez meses" diz o comunicado.
A saída de Daiello vinha sendo negociada desde quando Alexandre de Moraes ainda era titular do ministério. Daiello se dizia cansado, sob pressão da família e com a sensação de que já fez tudo o que tinha de fazer à frente do cargo. Ele já havia adiado a aposentadoria para permanecer no cargo.
A nota traz ainda um breve currículo do novo comandante da PF. "Segóvia é advogado formado pela Universidade de Brasília, com experiência de 22 anos na carreira. Foi superintendente regional da PF no Maranhão e adido policial na República da África do Sul, tendo exercido parcela importante de sua carreira em diferentes funções de inteligência nas fronteiras do Brasil."
A larga experiência de Segóvia em inteligência de fronteiras é valorizada pelo governo como questão prioritária no combate ao crime organizado. Havia a expectativa de uma coletiva de imprensa para que Temer anunciasse a troca, mas ficou definido que Torquato escolheria o formato do anúncio. Minutos depois da reunião, a assessoria do ministério divulgou a nota oficial.
assume a diretoria Américas da Interpol depois de obter 137 dos 140 votos dos países membros da entidade, em votação em Pequim, na China, há três semanas.
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