O presidente do Irã, Hassan Rouhani, declarou o fim do Estado Islâmico em pronunciamento transmitido pela televisão estatal nesta terça-feira. Simultaneamente, o chefe do Estado Maior da Rússia, Valere Guerasimovi, destacou que a "fase ativa de operações militares" na Síria está "perto do fim".
Irã e Rússia apoiam o governo sírio de Bashar al-Assad na guerra civil de mais de seis anos contra grupos de rebeldes e de terroristas. O Estado Islâmico, que chegou a controlar parte da Síria e do Iraque, sofreu sucessivas derrotas militares ao longo de 2017 nos dois paises.
No último mês, os extremistas se viram encurralados em seu último reduto urbano, Albu Khamal, no Iraque. Os jihadistas chegaram a ser expulsos, mas conseguiram reaver parte do território. Mesmo assim, para forças iraquianas, a retomada de Albu Khamal revela a derrocada do projeto político do Estado Islâmico na região.
"Hoje, com a guia de Deus e a resistência do povo da região, podemos dizer que este mal foi retirado da cabeça das pessoas ou foi reduzido. Claro que os restos permanecerão, mas a fundação e as raízes foram destruídas", destacou Rouhani no pronunciamento.
As forças iraquianas retomaram, na sexta-feira, a cidade fronteiriça de Rawa, que era dominada por extremistas, e indicaram o colapso do autoproclamado califado pelas terras do Iraque e da Síria.
O general Qassem Soleimani, um comandante graduado da Guarda Revolucionária do Irã, também declarou o fim do grupo terrorista em mensagem enviada ao líder supremo do país nesta terça-feira, que foi publicada no site de notícias da força, o Sepah News.
Vídeos e fotos de Soleimani, que comanda o braço da Guarda Revolucionária responsável pelas operações fora do Irã, na linha de frente de batalhas contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria têm sido publicados frequentemente pela mídia iraniana nos últimos anos.
Na semana passada, foram publicadas fotos de Soleimani em Albu Kamal, no leste da Síria, a cidade que Soleimani disse ter sido o último território tomado ao Estado islâmico na região.
A Guarda Revolucionária, a força militar mais poderosa do Irã, tem apoiado o presidente sírio, Bashar al-Assad, e o governo de Bagdá há anos. Mais de mil membros da força, incluindo comandantes, foram mortos na Síria e no Iraque.
Agência O Globo
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