A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, do operador Lúcio Funaro e de Ricardo Saud, executivo da JBS, tem provocado uma sessão de gritaria no presídio da Papuda, em Brasília, onde estão recolhidos. Segundo relatos, Funaro aguarda o fim do banho de sol e antes de voltar para a cela manda aos gritos recado para Saud, preso do outro lado: “Saud, vou te matar”, aterroriza o delator que o entregou. Do seu lado “do muro”, Geddel faz coro: “Saud, também vou te matar”. Saud devolve as provocações, mas só para Geddel. “Cala boca, seu gordo!”



No seu quadrado. Os três estão separados e não se encontram no banho de sol, justamente para evitar que cumpram a promessa. Há, inclusive, revezamento entre os advogados para que eles não se esbarrem nem no parlatório.


Com a palavra. Advogado de Saud, Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, disse que não vai comentar o caso. Os outros dois advogados não foram encontrados.


Desmoralizada. Das oito pessoas que convidou para prestar depoimento, a CPI do BNDES já recebeu seis recusas. Até representantes do banco informaram que não vão comparecer.


Holofotes. A CPMI da JBS tem tido mais sucesso. Mas ainda não conseguiu ouvir o subprocurador Angelo Vilela, acusado de vender informações da PGR para os donos da JBS. Ele alega problemas de saúde de um familiar.


Vai ter troco. O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), identificou novamente as digitais do Planalto na insistência pela manutenção do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) na relatoria da denúncia contra Temer. Ninguém duvida que pedirá o arquivamento da denúncia.



Conexões. Na faculdade, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, foi aluna do deputado Bonifácio de Andrada, relator da segunda denúncia contra Temer, por dois meses, de Direito Constitucional.


Calendário. Termina na sexta-feira, 6, o prazo para mudança de domicílio eleitoral dos candidatos à eleição de 2018. A ex-presidente Dilma Rousseff manterá o seu no Rio Grande do Sul. Ela ensaiou alterar para Minas Gerais ou Rio de Janeiro.


Às armas. A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou ontem projeto que amplia o porte de arma no campo. Hoje, o porte no campo é individualizado.


O que muda. O projeto, do deputado Afonso Hamm (PP-RS), permite que as armas sejam registradas em nome das propriedades e que seus trabalhadores, com porte regularizado, as usem para defesa, apenas dentro dessas áreas.


Juntos. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apoiou o projeto, avaliando que deve ser preservado “o direito dos proprietários e trabalhadores rurais de proteger sua vida e a de seus familiares”.


Vai trair. Apesar de ter fechado questão a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer, o PSB pode repetir o quadro da primeira votação. Alguns parlamentares já cogitam ignorar a orientação.


‘Senhora, senhora?’ A adoção de um sistema eletrônico que registra a frequência de trabalho dos servidores do STF virou alvo de uma briga interna e resistência dentro do tribunal.
Quórum. Já aderiram ao sistema eletrônico os gabinetes de cinco dos 11 ministros. A adesão é facultativa.


CLICK. Os governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo compareceram à cerimônia de filiação do senador Roberto Rocha ao PSDB. FHC enviou mensagem.




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