Após 10 anos de avanços no combate à fome no mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) revelou nesta sexta-feira (15), em um relatório, que a taxa de pessoas sem acesso à alimentação voltou a crescer em 2016, afetando 11% da população do planeta, o equivalente a 815 milhões de indivíduos.



De acordo com a ONU, o aumento da fome foi ocasionada, em "grande parte, à ploriferação" de conflitos e aos fenômenos climáticos. Em 2016, aproximadamente 38 milhões entraram para a faixa populacional que sofre de fome. Atualmente, cerca de 155 milhões de crianças de até 5 anos de idade apresentam problemas de crescimento devido à má nutrição.


A região que mais sofre com a fome é a Ásia (520 milhões de pessoas), África (243 milhões) e a América Latina e Caribe (42 milhões).


O relatório foi publicado por várias agências da ONU: a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), a que se juntaram pela primeira vez o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).


Em contrapartida, o estudo apontou também um aumento nos casos de obesidade na América do Norte e na Europa. Comparadas, as taxas de obesidade de 1980 dobraram até 2014. Atualmente, 641 milhões de pessoas estão acima do peso, o equivalente a 13% da população com mais de 18 anos. Já outras 41 milhões são de crianças com menos de 5 anos.


Por ANSA

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