O motorista de Uber acusado de abusar de uma adolescente de 13 anos, na manhã desta segunda-feira (21), em Salvador, foi banido da plataforma. Conforme a assessoria do aplicativo, a medida é tomada sempre que comportamentos do tipo são identificados e confirmados.



Em nota, a assessoria de comunicação da Uber afirmou, ainda, que está à disposição das autoridades e vai colaborar com as investigações. De acordo com a empresa, nenhuma viagem da Uber acontece de forma anônima, ou seja, há sempre a possibilidade de identificar condutor e passageiro.


O motorista foi identificado apenas pelo nome de José e, segundo a delegada, está sendo procurado pela Polícia Civil para prestar esclarecimentos. "Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher", completa a nota.



Abuso


Conforme divulgado pela Polícia Civil, a mãe da estudante solicitou a corrida, que normalmente custa R$ 15, e percebeu que o valor final foi de R$ 21 - o trajeto foi maior do que normalmente acontece. Preocupada, ela começou a ligar para a filha, mas não conseguia completar a ligação.


A jovem chegou na escola chorando e relatou o ocorrido. Nesse momento, a instituição de ensino acionou a equipe de psicologia e a família da estudante. O caso aconteceu por volta das 6h40. A delegada preferiu não informar onde foram os bairros de origem e destino da corrida.


Segundo a mãe, de acordo com o relato da filha, que estava muito nervosa e assustada, o motorista teria mudado o percurso várias vezes e, em determinado momento, acariciado suas mãos e braços.


A mãe da menina fez a denúncia na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Segundo a titular da unidade, delegada Ana Crícia, a adolescente, que estuda num colégio particular, viajava no banco da frente quando houve o contato.


A delegada afirmou que ainda vai ouvir a garota. "Nesse caso não temos como fazer exames, mas precisamos ouvir a menina e também o motorista", ressalta a delegada. O motorista da Uber, de acordo com a descrição feita pela mãe da menina, aparentava ser um homem de 50 anos.


"A informação é que ele acariciou a menina nos braços e nas mãos durante a corrida, o que é uma conduta não aprovada. Não temos ainda como afirmar se houve ou não abuso sexual, mas estamos investigando isso", afirmou a delegada.


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