O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, pediu nesta quarta-feira, em Santiago, que Brasil, México, Chile e Peru rompam laços diplomáticos e econômicos com a Coreia do Norte a fim de aumentar o isolamento ao regime de Kim Jong-un.



"Esperamos que Brasil, México, Chile e Peru se unam a nós para romper todos os laços econômicos e diplomáticos com a Coreia do Norte e, com esse isolamento, possamos chegar a uma solução pacífica na península coreana sem armas nucleares", disse Pence durante o encontro com a presidente chilena, Michelle Bachelet.


O vice americano afirmou que a "pressão econômica e diplomática" teve resultados que levam a pensar em uma possível solução para que a Coreia do Norte finalmente abandone o seu programa de mísseis nucleares.


Bachelet, por sua vez, que não se referiu ao pedido de Pence, expressou a sua preocupação com a continuidade do programa de armas nucleares da Coreia do Norte.


Também reafirmou "o seu apoio à renovação de todos os esforços diplomáticos" para obter uma solução pacífica que permita cancelar o programa balístico norte-coreano.


O comércio entre países da América Latina e a Coreia do Norte é pouco significativo.


As exportações brasileiras para a Coreia do Norte, por exemplo, somaram apenas US$ 2,1 milhões em 2016 -principalmente café, carne, tabaco e couro. No ano passado, o Brasil importou US$ 8,7 milhões em produtos norte-coreanos, segundo dados do governo.


A Coreia do Norte possui uma embaixada em Brasília e o Brasil abriu sua representação em Pyongyang em 2009.


Tradicionalmente, o Brasil aplica sanções econômicas seguindo as resoluções aprovadas pela ONU.


Pence disse que seria "especialmente bem-vindo" se o Chile reclassificasse suas exportações de vinho como um bem de luxo, o que as colocaria sob o guarda-chuva das sanções aprovadas pelas Nações Unidas contra o país asiático. O Chile é o principal exportador mundial de vinho fora da Europa.


As disputas entre Estados Unidos e Coreia do Norte alcançaram o ponto máximo depois que Kim Jong-un ameaçou, há uma semana, lançar mísseis próximos à ilha de Guam, no Oceano Pacífico, onde os EUA têm uma base militar.


O anúncio norte-coreano provocou a ira do presidente Donald Trump, que afirmou que daria uma resposta militar sem precedentes, causando o temor da comunidade internacional diante de um possível conflito nuclear, que perdeu força depois que o líder norte-coreano adiou o seu plano.


Pence também destacou a decisão de Kim, mas advertiu que "os Estados Unidos da América não permitirão um regime irregular na Coreia do Norte que possa desenvolver um programa nuclear que alcance os Estados Unidos".


Com informações da Folhapress

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