Uma análise da Polícia Federal concluiu que não houve edição no áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, em conversa com o presidente Michel Temer em 7 de março, no Palácio do Jaburu. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. A análise foi concluída nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC).



De acordo com os técnicos, o aparelho de gravação usado por Joesley possui ferramenta que pausa automaticamente a gravação em momentos de silêncio e retoma quando identifica som. Os peritos identificaram, ainda, 180 interrupções "naturais" nos quatro áudios analisados.


O documento deve ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima segunda-feira (26). A expectativa é de que a defesa de Temer questione a autenticidade da gravação.


Na conversa, Joesley menciona a compra de um procurador da República, a manipulação de dois juízes federais e o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro.



STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin deixou assinada nessa sexta (23) uma ordem para que o relatório da PF seja enviado imediatamente à Procuradoria-Geral da República.


De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a ordem determina a remessa imediata do relatório da Polícia Federal sobre o grampo de Joesley Batista com Michel Temer para a PGR.


A coluna destaca que o relatório também traz uma avaliação sobre a suspeita de que o presidente incorreu em obstrução de Justiça.


Os procuradores que atuam no inquérito contra Temer querem usar o laudo feito para dar mais força à denúncia contra o peemedebista.


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