Uma semana após o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciar o julgamento de pedido de liberdade provisória (habeas corpus) de José Dirceu, o Ministério Público Federal no Paraná apresentou nesta terça (2) denúncia contra o ex-ministro sob a acusação de recebimento de propina.



Segundo a Procuradoria, Dirceu recebeu cerca de R$ 2,4 milhões das empreiteiras UTC e Engevix a partir de contratos com a Petrobras entre 2011 e 2014 -antes, durante e depois do julgamento do mensalão.

Outras quatro pessoas também foram denunciadas, entre elas o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A acusação diz que houve 33 crimes de lavagem de dinheiro para permitir o recebimento das quantias por Dirceu.

A denúncia descreve pagamentos de propina a uma assessoria de comunicação que prestava serviços para o ex-ministro, que não conseguia pagar as despesas.Dirceu já foi condenado duas vezes pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, a 32 anos de prisão, mas as apelações ainda não foram analisadas pelo Tribunal Regional Federal. Ele foi preso em 3 de agosto de 2015.

O pedido habeas corpus é julgado pela Segunda Turma do Supremo. Na última semana, os ministros deram liberdade a dois condenados por Moro: João Carlos Genu, ex-assessor do PP, e José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com informações da Folhapress.

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