Preso estudante de direito suspeito de matar torcedor do BahiaO estudante de direito Pietro Henrique Ferreira Caribé Pereira, de 25 anos, o Gringo, foi preso em flagrante, nesta segunda-feira, 10, suspeito de ser um dos autores dos tiros que mataram o torcedor do Bahia Carlos Henrique Santos de Deus, 17, na noite de domingo, 9, na avenida Vasco da Gama, em Salvador. O amigo do adolescente, Isaias Souza Santos, 28, também foi baleado na ação.


A delegada Patrícia Brito, do Departamento de Homicídios, afirma que o crime foi motivado pela rivalidade entre as torcidas tricolor e rubro-negra, já que Pietro é torcedor do Vitória. A delegada informou ainda que ele é integrante da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI).


O suspeito diz ser ex-integrante da TUI, segundo o advogado dele, Antônio Glorisman. O crime foi cometido por volta das 20h, após o clássico Ba-Vi pelo Campeonato Baiano, na Arena Fonte Nova. Pietro foi preso no início da tarde desta segunda, na casa da mãe, no Garcia.


“Meu cliente alega que é inocente. Ele foi para a Fonte Nova com a namorada e o cunhado e saiu quando acabou o jogo, por volta das 18h40. Chegou na casa da mãe entre 19h10 e 19h15. Os vizinhos viram”, afirma Glorisman.


Conforme a delegada, Pietro foi reconhecido por testemunhas, inclusive por Isaias, que foi baleado de raspão no pescoço. Ele teve alta do Hospital Geral do Estado na manhã desta segunda. Carlos e Isaias passavam a pé pelo posto Shell, quando foram surpreendidos por torcedores do Vitória que estavam em dois ônibus e dois carros.



Vítimas foram encurraladas​

A versão da Polícia Civil dá conta de que os veículos seguiam em comboio pela Vasco. No posto, os carros foram estacionados mais à frente e os ônibus posicionados para encurralar os torcedores que estavam a pé. Um grupo saiu dos carros em direção a Carlos e Isaias e os agrediram antes de atirar neles.


Preso estudante de direito suspeito de matar torcedor do Bahia


“Eles não eram os alvos. Poderia ser qualquer torcedor do Bahia. Não tinha rixa. Acreditamos que foi por serem torcedores do Bahia”, afirmou a delegada Patrícia Brito.


A polícia apura quantas pessoas participaram do crime. Até a noite desta segunda, outros três suspeitos foram identificados. Entre eles, o segundo atirador.



Pai não quis filho no jogo

O pai pediu para ele não ir. A mãe e a namorada também. Mas a paixão pelo Bahia falou mais alto e Carlos não abriu mão de ver o time do coração enfrentar o arquirrival.


“Eu tive um pressentimento. Pedi para ele não ir. O coração estava apertado. Não gosto quando ele vai ao Ba-Vi. Infelizmente, eu perdi meu filho nessa violência desenfreada. Não há solução”, afirmou o pai, o segurança José Carlos Espírito Santo de Deus, 51.


O ingresso para assistir ao clássico foi dado pelos pais como presente de aniversário de 18 anos, que ele completaria na quinta, 13. “Ele estava no lugar errado e na hora erradas. O menino morreu inocente”, disse um tio.


Carlos e Isaias usavam camisas do Bahia. Mas, segundo os familiares, eles não pertenciam a nenhuma torcida organizada. No entanto, no perfil do estudante no Facebook, há publicações de diversas imagens com símbolos de torcidas organizadas, como a Bamor e a Galoucura. Filho único, Carlos foi sepultado na tarde desta segunda no Cemitério do Campo Santo.


A Tarde

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