No próximo 3 de maio, Lula prestará depoimento, pela primeira vez, ao juiz Sérgio Moro, no caso que investiga se o ex-presidente, que é réu no processo, foi beneficiado por desvios da Petrobras para comprar e reformar o tríplex no Guarujá.



No dia, uma quarta-feira, Curitiba estará no foco das atenções de todo o país. Para acompanhar a oitiva, caravanas contrárias e favoráveis ao ex-presidente também prometem desembarcar na cidade paranaense, em ônibus fretados e até motocicletas.


A Frente Brasil Popular, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e até a Nação Hip Hop estão entre os grupos que farão coro a favor de Lula.


"Como qualquer outra pessoa, se há suspeita, Lula precisa ser investigado. Mas acreditamos que há um linchamento com evidente viés político contra ele", afirma o líder do MTST, Guilherme Boulos.


Já do lado anti-PT, de acordo com informações da Folha de S. Paulo, além do boneco "pixuleco", vestindo roupa listrada de presidiário, os movimentos Nas Ruas e Revoltados Online organizam atos que vão desde comboios customizados até uma "motocicletada", que prometem ter até 10 mil motos.


Outros grupos ainda não sabem se vão, como o Movimento Brasil Livre (MBL), que deve mandar apenas "olheiros". Já o Vem pra Rua não vai. "Não se justifica. A Justiça está andando bem até agora e cuidará do caso", diz o cabeça do movimento, Rogério Chequer.


O receio é de que haja o enfrentamento entre as correntes. O que pode ser agravado pela possibilidade de o juiz Moro ordenar a prisão de Lula no dia. Por isso mesmo, a bancada do PT na Câmara pretende ir em peso demonstrar apoio. "Este Moro é capaz de tudo, é um negócio sem precedentes", diz o deputado Carlos Zarattini.


A Polícia Militar do Paraná diz que a segurança do dia ficará a cargo da Polícia Federal.


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