O clima de tensão está no ar: após trocas de ameaças entre Estados Unidos e Coreia do Norte, com alertas diplomáticos da China, o país de Kim Jong-un fez mais uma demonstração de ameaça aos seus adversários, apresentando novos mísseis durante o desfile militar anual, realizado neste sábado (15), feriado norte-coreano.
Na parada militar que aconteceu na manhã deste sábado na Coreia do Norte , foram apresentados dois novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), que tem alcance extremamente elevado, de mais de 5,5 mil quilômetros, normalmente desenvolvido para carregar armas nucleares.
Além disso, desfilaram seu míssil balístico lançado de submarino (inédito no país) e uma versão semelhante, mas terrestre, segundo observaram os analistas. O que mais assusta é que, com os ICBMs, Kim Jong-un conseguiria atingir territórios norte-americanos e europeus, além da ameaça anterior de atacar países vizinhos aliados aos EUA, como Japão e Coreia do Sul.
Assim, o nível da crise só cresce, atingindo um limite. No último fim de semana, a Marinha dos EUA enviou o porta-aviões “USS Carl Vinson” para a região, com o presidente do país, Donald Trump, afirmando que “controlaria o programa nuclear norte-coreano” se “a China não for capaz de conter seu aliado”.
"O Vinson foi enviado para fazer uma declaração, a Coreia do Norte respondeu mostrando os mais novos equipamentos de mísseis que já vimos em um desfile antes", disse Melissa Hanham, pesquisadora sênior norte-americana.
E a “surpresinha” preparada por Kim Jong-un é realmente relevante, já que os maiores mísseis balísticos intercontinentais seriam a maior produção já realizada no país. Porém, não é sabido se existe algum conteúdo no interior da lataria apresentada neste sábado, uma vez que não foi realizado nenhum teste envolvendo os armamentos anteriormente.
"Não sabemos o quê - e se alguma coisa - estava dentro das latas, já que o país não mostrou publicamente nem testou nenhum míssil desse tamanho antes", escreveu o analista Ankit Panda ao “The Diplomat”.
"Podemos inferir, devido ao tamanho da lata e ao fato de que foi exibido no sábado que Pyongyang quer que o mundo saiba que está trabalhando ativamente, que podem ser dois tipos de ICBMs de combustível sólido", explicou.
Mísseis de combustível sólido podem ser implantados mais rapidamente, além de serem mais bem escondidos da detecção de satélites do que seus equivalentes de combustível líquido. E, como são maiores, demonstram potência de atingirem alvos mais distantes.
“Isso é certamente uma mensagem aos EUA de que eles são capazes de ameaçar o território norte-americano. Este é o objetivo”, afirmou Adam Mount ao canal “CNN”, especialista do Center for American Progress.
Ainda segundo ele, os mísseis balísticos de lançamento submarino e por terra apresentados neste sábado também são novos. A versão por terra é conhecida por KN-15, enquanto a outra é chamada de míssil KN-11.
Os especialistas também apontaram para as novas características do KN-15, que parecem mais bem preparadas para enfrentar obstáculos terrenos – como no lançamento. Isso porque, anteriormente, os lançadores de rodas apresentavam riscos de danificar o míssil. Agora, com outro tipo de design, eles poderiam atingir seu alvo mais facilmente. Vale lembrar que o país possui apenas 800 km de estradas pavimentadas.
Apesar de toda a exibição da Coreia do Norte neste sábado, os analistas advertiram contra a reação exagerada, observando que um míssil em um desfile não está necessariamente pronto para ser operado.
Último Segundo
Na parada militar que aconteceu na manhã deste sábado na Coreia do Norte , foram apresentados dois novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), que tem alcance extremamente elevado, de mais de 5,5 mil quilômetros, normalmente desenvolvido para carregar armas nucleares.
Além disso, desfilaram seu míssil balístico lançado de submarino (inédito no país) e uma versão semelhante, mas terrestre, segundo observaram os analistas. O que mais assusta é que, com os ICBMs, Kim Jong-un conseguiria atingir territórios norte-americanos e europeus, além da ameaça anterior de atacar países vizinhos aliados aos EUA, como Japão e Coreia do Sul.
Assim, o nível da crise só cresce, atingindo um limite. No último fim de semana, a Marinha dos EUA enviou o porta-aviões “USS Carl Vinson” para a região, com o presidente do país, Donald Trump, afirmando que “controlaria o programa nuclear norte-coreano” se “a China não for capaz de conter seu aliado”.
"O Vinson foi enviado para fazer uma declaração, a Coreia do Norte respondeu mostrando os mais novos equipamentos de mísseis que já vimos em um desfile antes", disse Melissa Hanham, pesquisadora sênior norte-americana.
E a “surpresinha” preparada por Kim Jong-un é realmente relevante, já que os maiores mísseis balísticos intercontinentais seriam a maior produção já realizada no país. Porém, não é sabido se existe algum conteúdo no interior da lataria apresentada neste sábado, uma vez que não foi realizado nenhum teste envolvendo os armamentos anteriormente.
"Não sabemos o quê - e se alguma coisa - estava dentro das latas, já que o país não mostrou publicamente nem testou nenhum míssil desse tamanho antes", escreveu o analista Ankit Panda ao “The Diplomat”.
"Podemos inferir, devido ao tamanho da lata e ao fato de que foi exibido no sábado que Pyongyang quer que o mundo saiba que está trabalhando ativamente, que podem ser dois tipos de ICBMs de combustível sólido", explicou.
Mísseis de combustível sólido podem ser implantados mais rapidamente, além de serem mais bem escondidos da detecção de satélites do que seus equivalentes de combustível líquido. E, como são maiores, demonstram potência de atingirem alvos mais distantes.
“Uma mensagem aos Estados Unidos”
“Isso é certamente uma mensagem aos EUA de que eles são capazes de ameaçar o território norte-americano. Este é o objetivo”, afirmou Adam Mount ao canal “CNN”, especialista do Center for American Progress.
Ainda segundo ele, os mísseis balísticos de lançamento submarino e por terra apresentados neste sábado também são novos. A versão por terra é conhecida por KN-15, enquanto a outra é chamada de míssil KN-11.
Os especialistas também apontaram para as novas características do KN-15, que parecem mais bem preparadas para enfrentar obstáculos terrenos – como no lançamento. Isso porque, anteriormente, os lançadores de rodas apresentavam riscos de danificar o míssil. Agora, com outro tipo de design, eles poderiam atingir seu alvo mais facilmente. Vale lembrar que o país possui apenas 800 km de estradas pavimentadas.
Apesar de toda a exibição da Coreia do Norte neste sábado, os analistas advertiram contra a reação exagerada, observando que um míssil em um desfile não está necessariamente pronto para ser operado.
Último Segundo
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