É comum nos filmes sobre pugilistas - e não são poucos - ver um lutador com a foto do seu principal rival na porta do armário. É uma forma de não esquecer o foco e o objetivo da carreira, ainda que se tenha outros rivais para enfileirar até chegar, finalmente, à chance de ‘rasgar a foto’ ao vivo. Se houver uma foto no armário do baiano Robson Conceição, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, ela é do ucraniano Vasyl Lomachenko. E não é um sonho enfrentá-lo. É uma questão de honra.
Em 2011, Robson e Lomachenko se encontraram nas oitavas de final do Mundial de Baku, ainda como pugilistas amadores. O baiano venceu a luta por 20-19, mas o resultado foi mudado para 19-18 para o ucraniano após a apelação dos dirigentes do país. Um caso nunca visto antes e que gerou uma revolta muito grande não só da delegação brasileira.
Lomachenko era considerado o melhor pugilista amador do mundo, era campeão olímpico e mundial e a derrota naquele momento o tiraria dos Jogos de Londres-2012, no qual acabou conquistando o bi olímpico.
Robson, claro, não engoliu a derrota no tapetão. Hoje, Lomachenko é campeão mundial pela Organização Mundial de Boxe (WBO) entre os superpenas, a mesma categoria do pugilista baiano.
Hoje, a partir das 21h25 (Sportv 3), Robson dá mais um passo em busca da revanche contra o ucraniano. Ele enfrenta o americano Aaron Hollis, em Nova York, em sua terceira luta como profissional. Até aqui, conquistou duas vitórias, contra Clay Burns (decisão unânime) e Aaron Ely (nocaute).
Direto da Big Apple, Robson conversou com o CORREIO sobre seu momento e quando pretende enfrentar Lomachenko.
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