Jogar dentro de seus domínios é um dos principais diferenciais de cada equipe de futebol. Em regra, o aproveitamento de vitórias de qualquer agremiação em seu estádio é maior que fora de casa. No futebol baiano, o Jacobina não foge à regra e tem seu estádio, o José Rocha, como aliado nos últimos anos – o Jegue da Chapada nunca foi derrotado no local em campeonatos baianos.
Se forem levadas em consideração todas as competições, o Jacobina perdeu apenas uma partida no José Rocha nos últimos quatro anos, e foi justamente no jogo mais importante da sua história. Na final da Copa Governador 2016, foi derrotado por 2 a 0 para o Vitória da Conquista, que se sagrou campeão da competição.
No total, desde 2014, quando voltou à Série A do Baianão depois de 20 anos, foram 16 jogos, com 10 vitórias, cinco empates e uma derrota. Para o presidente do clube, Rafael Damasceno, não só o estádio é de suma importância para a agremiação. “O principal é a torcida. Eles ficam muito próximos ao campo. Por isso apelidamos de ‘La Bombonera do Sertão’ [uma referência ao estádio do Boca Juniors, da Argentina]. Tem uma força muito grande. Então recebemos esse apelido. Eles cantam o tempo todo. Mesmo o time num momento não muito bom, eles conseguem crescer”, contou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Nesse intervalo, o Jegue ficou sem jogar no José Rocha apenas em 2015. Neste ano, houve um declínio considerável em seu aproveitamento. Foram duas vitórias e dois empates, com um aproveitamento de apenas 22,22%. Por problemas no estádio, a equipe peregrinou por Senhor do Bonfim, Juazeiro e Feira de Santana.
Único remanescente desde 2014, o lateral-direito/volante Caio comentou sobre a importância desse retrospecto. “É um feito importante e tem que ser lembrado. Não é todo time de interior que tem isso. É diferente dos demais”, disse o jogador de 20 anos.
O atleta jacobinense também utilizou do mesmo discurso do presidente para elogiar a torcida. “Eu acho fundamental sim. Nossa torcida é importante demais. Jogando no José Rocha, para os adversários não é fácil. Isso nos dá realmente uma boa condição nos jogos”, pontuou.
Neste domingo (26), às 16h, haverá um teste de fogo para o Jacobina: o Vitória. Pela nona rodada do estadual, o time tentará manter a marca dentro de casa. Damasceno e Caio acreditam num triunfo. “A nossa ideia é não perdermos o jogo. Queremos manter essa invencibilidade”, declarou o dirigente. “Na minha opinião, temos uma equipe muito qualificada. Se colocarmos o que o treinador nos passou e trabalhou nestes dois meses, temos chances de sair com um resultado positivo”, emendou Caio.
Em 2017, o Jacobina também jogará pela primeira vez uma competição nacional: a Série D. No grupo A9 do campeonato, a dupla acredita que o Jacobina pode utilizar o José Rocha como fator importante para conseguir chegar longe. “Na série D, é preciso fazer o dever de casa e segurar fora. É bom. Não tem muito segredo. O José Rocha será um aliado muito importante”, projetou o mandatário. “Vai ser a nossa arma contra os adversários. Principalmente adversários de times grandes que acham que vai ser jogo fácil. Não vai ser fácil pra ganhar”, avisou o jogador.
Na tabela do Baianão, o Jegue da Chapada é o sétimo colocado, com seis pontos conquistados.
Bahia Notícias
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