Depois de 70 dias do desastre aéreo com a delegação da Chapecoense na Colômbia, o clube tem boas perspectivas sobre a evolução dos dois sobreviventes que já treinam na Arena Condá. O zagueiro Neto e o lateral-esquerdo Alan Ruschel têm feito trabalhos físicos no gramado e, pelas condições surpreendentes de recuperação, devem ser liberados para treinar com bola em 90 dias, caso sejam aprovados em uma nova avaliação.


O panorama é otimista porque segundo o fisioterapeuta do clube, Guilherme De Carli, a dupla tem evoluído mais rápido do que o esperado. Neto e Ruschel fazem atividades leves, como reforço muscular, trabalho aeróbico e corridas pelo campo. Para os exercícios se intensificarem, os médicos aguardam a consolidação das fraturas, principalmente na coluna lombar e torácica, como foi o caso do lateral.

Ruschel, inclusive, comemorou a liberação para voltar a correr. "Foi uma sensação única e ótima, tu começas a se sentir de novo um atleta", disse. No caso de Neto, o temor dos médicos é a instabilidade ligamentar nos dois joelhos, fragilizados pelo impacto no avião. Existe a possibilidade de o defensor precisar passar por uma nova cirurgia no local, porém, a hipótese é remota.

A cada duas semanas os dois têm sido avaliados. O chefe da comissão médica da Chapecoense, Carlos Mendonça, prevê que em três meses uma análise mais minuciosa será decisiva para definir se os dois poderão fazer outras atividades de mais exigência física, como o trabalho de bola no campo.

Estadão Conteúdo

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