Cerca de 120 estudantes universitários de Camaçari (Grande Salvador) realizaram, nesta quinta-feira, 12, protesto contra a suspensão do transporte universitário gratuito oferecido pela prefeitura para estudantes de instituições públicas e privadas de Salvador e Lauro de Freitas.


Suspensão de transporte gratuito gera protesto de estudantes em Camaçari


A suspensão, segundo os manifestantes, prejudica 481 alunos da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que correm o risco de serem reprovados por conta das dificuldades para a locomoção de Camaçari para Salvador.


Os estudantes iniciaram a mobilização em frente à prefeitura local e seguiram para a sede da Defensoria Pública. Munidos de cartazes e faixas, eles pedindo o retorno imediato do serviço.


Durante a manifestação, um dos estudantes foi atropelado por um veículo que passava na rua. O aluno, que não foi identificado, teve ferimentos leves. Os estudantes acusam o motorista do veículo, também não identificado, de tentativa de homicídio e prometem levar o caso à polícia.


O serviço de transporte universitário foi suspenso em 31 de dezembro de 2016, último dia da gestão do ex-prefeito Ademar Delgado, e tem previsão de voltar a operar normalmente em 6 de fevereiro, segundo informou a prefeitura, por meio de nota. Além de reclamarem do preço “salgado” dos ônibus comerciais para vir à capital (diariamente, eles têm que desembolsar R$ 22,40), os estudantes também se queixam que os horários dos coletivos são incompatíveis com as aulas.


Por sua vez, a Prefeitura de Camaçari informou que está trabalhando com agilidade para resolver o problema, “mas tudo será feito dentro da legalidade”. Prometeu, ainda, fazer um processo licitatório para a contratação de uma nova empresa para operar o serviço e disse que os estudantes estão sendo prejudicados pela suspensão do transporte ocorrida no final da gestão passada (leia mais abaixo).

Cerca de 4 mil alunos de Camaçari utilizam o serviço, que contava com 60 roteiros entre Salvador e Lauro de Freitas antes da suspensão – cerca de 12% destes estudantes são da Ufba.


Apenas alunos da Ufba e do Instituto Federal da Bahia (Ifba) estão frequentando as instituições durante este mês, pois estão com o calendário acadêmico atrasado em função de greves de professores e servidores em períodos anteriores.



Abaixo-assinado

A estudante de psicologia Ludmila Maria, 26, contou que os manifestantes entregaram um abaixo-assinado na Defensoria Pública pedindo intervenção judicial para a resolução da questão em discussão.


“Nosso semestre já começou e não temos o serviço. A prefeitura não deu alternativa. Dizem que o serviço só volta em fevereiro, mas aí já perdemos um mês de aula e podemos ser reprovados por falta”, reclama. Ela conta que os estudantes estão buscando caronas e até alugando vans (pagando R$ 20 por dia) para chegar à Ufba.



Regularização em fevereiro

Por nota, a prefeitura de Camaçari informa que está empenhada em regularizar o programa para os estudantes que terão aulas a partir de fevereiro: “Agiremos dentro da legalidade, realizando processo licitatório para a contratação de uma  nova empresa para operar o transporte universitário”.


Segundo a nota, será feito contrato com valor inferior ao pago pela antiga gestão. “Expectativa é que o programa opere normalmente a partir de 6 de fevereiro, quando começam as aulas“ nas instituições de ensino superior da região”.


A assessoria da prefeitura alega que os alunos da Ufba são prejudicados pelas greves ocorridas e ainda estão cumprindo o ano letivo de 2016, por isso estão sendo prejudicados pela suspensão do transporte, ocorrida no final da gestão passada.


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