A vendedora de loja Lais Neila Reis Santos, 29 anos, grávida, foi retirada de dentro de casa, por cinco homens armados, espancada e morta a tiros na frente dos vizinhos, na tarde da última terça-feira (29), no bairro Fazenda Santa Rosa, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. O pai da vítima, que pediu para não ser identificado, contou que falava com a filha diariamente, mas que ela tinha se envolvido com o gerente do tráfico da localidade onde ela morava e foi morta.


"Os vizinhos contaram que tiraram ela de dentro de casa pelos cabelos, levaram para o lado de fora e perguntaram por ele. Provavelmente, como ela não falou, espancaram ela e perguntaram de novo. Depois deram vários tiros nela", contou a tia, que também não quis se identificar. A família esteve na manhã de hoje no Departamento de Polícia Técnica (DPT) para liberação do corpo da vítima, que será enterrado às 16h desta quinta-feira (19), no Cemitério Quinta dos Lázaros.

Ela vivia com o traficante, que não teve a identidade revelada, há um ano e estava grávida de cinco meses. Além do filho que esperava, Lais era mãe de outras três crianças (14, 11 e 5  anos), sendo que duas delas viviam com a avó paterna e o caçula com a família do pai da vítima. Os vizinhos contaram ainda à família da vítima que o traficante teria visto os homens chegando e fugido, enquanto outros falaram que ele já tinha saído de casa na hora que os rivais chegaram.


"Era uma menina direitinha, trabalhava como vendedora de uma loja. Quando ela passou a se relacionar com ele, mudou o comportamento e começou a se afastar da família. Ela estava louca, deixou até o emprego", comentou a tia. Segundo a família, vizinhos contaram que o traficante já estaria marcado para morrer há muito tempo.


Os homens teriam falado à vítima que tinham ido cobrar uma dívida ao marido dela e gritavam: "Ele vai me pagar, ele vai me pagar". O pai de Lais disse que ele e a família tentaram de tudo para salvar a vida da filha. "Conversamos, aconselhamos, mas infelizmente não adiantou. Nunca conheci ele, só sabia da fama. Era o que eu conversava sempre com ela", diz o pai, que tinha Lais como única filha. "Bateram bastante nela, o rosto ficou desfigurado", acrescentou.


Correio

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