Nesta sexta-feira, 16, um vídeo com uma entrevista da ex-presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), virou um dos assuntos mais comentados do país através do Twitter. A petista conversava com um jornalista de um dos canais mais respeitados do planeta, a Al Jazeera, quando o clima esquentou. Em inglês, ele fazia comentários e perguntas duras à companheira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em português, Dilma tentava se defender. A coisa esquentou e a representante do PT ficou nitidamente irritada e constrangida com a forma como aquele repórter realizava perguntas tão incisivas à ela.
Inicialmente, o comunicador questiona se Dilma realmente não nega que houve um escândalo envolvendo três bilhões de dólares com a maior estatal brasileira, a Petrobras, e que isso ajudou o Brasil a entrar em uma das mais profundas crises políticas e econômicas da história. Rousseff concorda com o representante da Al Jazeera e realmente não nega que tais fatos foram muito prejudiciais aos brasileiros. Em seguida, ele cita que a própria ex-presidente não nega que ex-figurões do seu partido estão envolvidos nesse esquema de corrupção, incluindo o tesoureiro do partido, responsável, dentre outras coisas, pela campanha de reeleição de Dilma.
"Enquanto não julgarem, eu não vou julgar", disse Dilma, ao mencionar que tais acusações ainda eram analisadas pela justiça brasileira e que, de acordo com nossa legislação, todo mundo tem o benefício da dúvida, até que seja considerado culpado. "Não é meu papel dizer isso", diz Rousseff, que em seguida ouve uma pergunta se ela estaria ou não envergonhada de ter tantos colegas presos. Rousseff mais uma vez se nega a responder. Em outro momento, o apresentador da Al Jazeera faz a pergunta mais marcante da entrevista. "Afinal, você é corrupta ou é incompetente", questiona ele, irritando mais uma vez a primeira mulher eleita à presidência e a primeira a sofrer o impeachment.
Veja o vídeo
Dilma sendo oprimida pela Al Jazeera apreciattion tweet pic.twitter.com/0hJ5whkwAy
— Samuel Finch (@SamuelTFinch) 15 de dezembro de 2016
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Fonte: BlastingNews
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