As informações contidas na delação do lobista Claudio Melo Filho, ex-funcionário da Odebrecht, atingiram em cheio integrantes e aliados do governo do presidente Michel Temer, que nega todas as denúncias. Procurada por VEJA, sua assessoria declarou que é “absolutamente inverídica e sem amparo na realidade” a declaração de que parte dos 10 milhões de reais dados pela Odebrecht em 2014 à campanha eleitoral do peemedebista foi entregue em dinheiro vivo no escritório do assessor especial da Presidência José Yunes.


Acusado por delator, Temer diz que doações da Odebrecht foram legais


Advogado, Yunes é o “embaixador” de Temer em São Paulo. Ex-dono de uma construtora e amigo do presidente desde os anos 1960, circula entre os principais juristas e empresários paulistas. Nos últimos dois meses, articulou desde encontros públicos de Temer, como o que teve com o prefeito eleito João Doria (PSDB), até outros mais discretos, fora da agenda oficial — como um, há dois meses, com empresários do setor de comunicação que queriam se reaproximar do presidente.


Temer e Yunes se conheceram na Faculdade de Direito da USP. Na intrincada teia de relações da alta-roda jurídica paulista, Yunes casou-se com Célia Mariz de Oliveira, filha de José Augusto Mariz de Oliveira, que por sua vez mantinha um escritório no mesmo prédio que Fued Temer, irmão mais velho de Michel. O advogado chegou a ter uma carreira política e foi deputado estadual. Nos anos 1980, derrotado na eleição para a Constituinte, abandonou a política — mas não Temer.


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