A quarta-feira (16) de tensão no Rio e em Brasília, com protestos à frente da Assembleia Legislativa e invasão do plenário da Câmara dos Deputados, gerou preocupação no Palácio do Planalto, que monitorou o desenrolar das ações de manifestantes nas duas cidades. Segundo assessores, o receio é que esses tipos de protestos se espalhem pelo país neste fim de ano e, por isso, a ordem é acompanhá-los e monitorá-los para determinar algum tipo de ação se for necessário.
No caso da invasão da Câmara dos Deputados, a avaliação do governo é que se trata de um movimento organizado por grupos radicais de direita e que não será admitido, principalmente por defender uma intervenção militar no país.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à reportagem que a reivindicação dos manifestantes que invadiram o plenário da Câmara é completamente fora de "propósito" e de "cogitação". Segundo ele, o momento do país é outro e não existe no "vocabulário das Forças Armadas a palavra intervenção militar", mas apenas as determinações previstas para elas na Constituição Federal.
O Palácio do Planalto foi informado da invasão e sua área de inteligência vai procurar identificar quem são os manifestantes para tentar mapear de onde vieram e quem pode ter organizado a invasão.
Em relação aos protestos no Rio, o governo Temer já colocou à disposição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) homens da Força Nacional e do Exército para ajudar na segurança estadual, principalmente nos locais próximos às manifestações.
Além disto, o presidente Temer orientou sua equipe econômica a encontrar medidas para dar um alívio de caixa não só ao Rio, mas também a outros Estados, na busca de evitar que haja um atraso generalizado do pagamento do 13º salário neste final de ano pelos governadores. Se isso acontecer, o Planalto teme que os protestos que estão ocorrendo hoje no Rio se repitam em outros Estados, gerando um clima de tensão social no mês de dezembro.
Com informações da Folhapress
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