Pelo menos oito colégios eleitorais foram atingidos por ataques de criminosos em São Luís e região metropolitana e os eleitores serão relocados para outros locais de votação neste domingo (2). Desde a última quinta-feira, a capital maranhense vem sofrendo ataques de criminosos ordenados por presos integrantes de facção criminosa que estão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. 23 presos foram transferidos para ficarem isolados no presídio federal de Mossoró (RN).


Locais de votação são atingidos por ataques de criminosos em São Luís


Até agora, já são 18 ônibus incendiados em São Luís e região metropolitana. Este sábado já é o terceiro dia de ataques. Por volta das 5h30 deste sábado (1º), criminosos incendiaram um ônibus da linha Popular-Ipase enquanto o veículo se dirigia ao terminal de passageiros na Vila Isabel Cafeteira, em São Luís, para iniciar a primeira viagem do dia. Nesta madrugada, um ônibus particular foi queimado por criminosos na Vila Ariri. Ninguém ficou ferido.


Na noite de ontem, um carro prestador de serviço de telefonia foi incendiado no bairro da Vila Embratel e um veículo rolo compressor da prefeitura de São Luís, que estava estacionado na avenida da Saudade, na Vila Cascavel, foram incendiados. Uma agência bancária, no bairro do Anil, foi atingida por tiros. Em nenhum dos ataques houve vítimas.



Escolas danificadas

Os locais de votação danificados por criminosos são a Unidade de Ensino Básico Darcy Ribeiro, na avenida dos Africanos, bairro Sacavém, e a Unidade de Ensino Básico Carlos Saad, localizada na Vila Mauro Fecury I, bairro Anjo da Guarda, em São Luís, que foram incendiadas na noite de quinta-feira (29). O Cras (Centro de Referência em Assistência Social) do bairro de Nova Terra, em São José de Ribamar, incendiado no início da noite desta sexta-feira, e a escola municipal Maria de Lourdes Oliveira, em São José de Ribamar (região metropolitana de São Luís).


Locais de votação são atingidos por ataques de criminosos em São Luís


Na madrugada deste sábado, incêndios atingiram a escola municipal Ana Lúcia Chaves, no bairro São Bernardo, em São Luís, U.E.B Tiradentes, na Vila Maranhão, no distrito industrial, U.E.B  Vila São José, na Vila São José, bairro do Maiobão, em São Luís, e a escola Governadora Roseana Sarney, em São José de Ribamar.


A Justiça Eleitoral informou que os eleitores dos locais de votação danificados serão remanejados para outros colégios próximos. Os novos locais serão informados no site e em avisos nos prédios.


Por conta dos ataques criminosos, a Justiça Eleitoral adiou o início da distribuição das urnas eletrônicas, que ocorreria nesta sexta-feira para este sábado, em 259 locais de votação de São Luís. Os caminhões dos Correios, que são responsáveis pela distribuição, só começaram a distribuição com escolta policial para que os equipamentos não corressem risco de serem danificados por criminosos. Até agora, nenhum ataque foi registrado durante a distribuição das urnas.



Transferência de presos

Neste sábado, 23 presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas apontados como interlocutores de grupos criminosos que realizaram os ataques em São Luís foram transferidos para o presídio Federal de Mossoró (RN). A permanência deles no presídio federal é por tempo indeterminado.


Eles foram recambiados do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado em um avião da Polícia Federal. A condução dos presos envolveu 50 agentes penitenciários do Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias) e do NEC (Núcleo de Escolta e Custódia).


"As transferências já foram efetivadas na manhã deste sábado (1º). Isso se fez necessário por ser muito importante que os chefes dessas quadrilhas sejam isolados das operações aqui do estado", destacou o governador Flávio Dino.


Na manhã de sexta-feira (30), ocorreu uma megaoperação de revista simultânea em todas as unidades do Complexo Penitenciário de São Luís. Mais de 700 homens, sendo 450 agentes de segurança prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, 150 homens da Polícia Militar e 100 policiais civis, fizeram um "pente fino" nos presídios de Pedrinhas em busca de possíveis armas, drogas e celulares, além de desarticular a manobra de criminosos que pudessem estar envolvidos com os últimos ataques criminosos.


Até agora, 57 pessoas foram presas e 16 adolescentes apreendidos acusados de participarem dos ataques nas ruas de São Luís e região metropolitana, segundo último boletim da SSP (Secretaria de Segurança Pública) divulgado às 13h50 deste sábado.


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