As agências bancárias baianas voltam a funcionar normalmente nesta sexta-feira, 7, depois de mais de um mês de greve dos trabalhadores: exatos 31 dias - a maior greve dos bancários desde 2004, quando a paralisação da categoria durou 30 dias. A exceção fica por conta da Caixa Econômica Federal, cujos funcionários decidiram manter o movimento, até uma nova avaliação prevista para as 17h desta sexta.


Greve do bancários chega ao fim na Bahia após 31 dias


Em assembleia, na noite desta quinta, 6, no ginásio de esportes do sindicato, em Salvador, a maioria dos profissionais que atuam nos bancos resolveu, entretanto, acatar a orientação do comando nacional pelo fim da greve, decisão também seguida nos demais estados do país.


Logo no início da noite, os funcionários das instituições privadas, Banco do Nordeste e Desenbahia foram os primeiros a decretar o término da paralisação, medida também acordada, posteriormente, pelos  funcionários do Banco do Brasil.


A decisão foi tomada depois que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aumentou de 7% para 8% a proposta de reajuste salarial da categoria. O acordo prevê ainda um abono de R$ 3,5 mil. O vale alimentação terá um reajuste  de 15%, enquanto o  vale refeição e o auxílio creche/babá será reajustado em 10%. Outro benefício previsto é a licença paternidade de 20 dias, que só deve começar a vigorar a partir de janeiro.


Em relação aos reajustes, todos os novos valores serão retroativos a 1º de setembro, data-base da categoria. Já o abono será pago em uma única parcela até  dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho.


De acordo com o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanuel Souza, "a proposta não agradou a categoria por completo, justamente por não ter alcançado um reajuste real, acima da inflação, o que ainda incomoda os funcionários da Caixa", como explicou. "Acabamos mesmo, pois o movimento já começava a ficar comprometido diante das consequências de 31 dias de paralisação", completou.



Proposta

Na tarde desta quinta, na Avenida Tancredo Neves, principal centro financeiro da capital baiana, algumas agências de bancos privados já contavam com o trabalho interno de funcionários. Os bancários tentavam recuperar parte dos serviços acumulados, depois que o comando nacional da categoria havia sinalizado que acataria a proposta da Fenaban, apresentada em  negociação na noite anterior.


Na capital baiana, entidades representativas do comércio já calculavam prejuízos de até 20% com a falta de "dinheiro vivo" no mercado. Ainda assim, a orientação dos especialistas é tentar adiar a demanda pelos serviços, pelo menos nos primeiros dias de reabertura das agências.


Foto: Jacobina Notícias
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