Quando o assunto é o valor gasto com o time do coração, os brasileiros batem um bolão.  Segundo levantamento do SPC Brasil, o torcedor desembolsou em média R$ 256 no último mês com produtos e serviços ligados ao futebol. As despesas, que vão desde ingressos para jogos à assinatura de pacotes de pay per view, chegam a desequilibrar o orçamento de dois em cada dez torcedores e 44% deles não conseguem poupar por causa desses gastos.




[caption id="attachment_46247" align="aligncenter" width="620"]Torcedores gastam até 10% do orçamento com os clubes do coração Marcelo Fuezi gasta 10% do salário com amor pelo Bahia (Foto: Marina Silva)[/caption]


Torcedor de carteirinha do Bahia, o profissional de Relações Públicas Marcelo Fuezi não mede esforços para acompanhar o tricolor. Ele diz gastar mais de R$ 300 por mês com despesas que incluem ingressos de partidas e objetos relacionados ao clube.


“Gasto muito com futebol, admito. Já deixei de comprar várias coisas por causa do Bahia. É quase como se fosse o meu dízimo”, conta. O valor gasto representa 10% do seu orçamento. Ele costuma visitar lojas oficiais do clube em média dez vezes ao mês para comprar novidades que chegam no local, seja para ele ou para amigos.


Na casa do torcedor rubro-negro Manoel Novaes, o futebol também está sempre presente e impacta diretamente nas despesas da família. O empresário já chegou a gastar R$ 2 mil por mês entre passagens para jogos fora do estado, hospedagem e a carteirinha de sócio.


“Neste ano, dei uma parada porque meu filho, que sempre me acompanhava, está estudando para o vestibular. Mas entre 2006 e 2015, fomos a todos os jogos do Vitória, até quando ele participou da Copa Sul-Americana, no Uruguai”, lembra.


Apesar de nunca ter ficado no vermelho por causa do clube, ele diz que, se necessário, se endividaria para vê-lo brilhar. “Se o Vitória fosse para uma final do mundial, eu venderia o que fosse necessário para acompanhá-lo de perto”, admite.


Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a empolgação no momento das partidas faz com que os torcedores acabem deixando a racionalidade financeira de lado e gastem até mais do que podem com o time. “No calor do momento, na hora da torcida, a emoção fala muito mais forte do que a razão”, explica.


Por isso mesmo, ela destaca a importância de se ter controle com os gastos para não extrapolar e comprometer as despesas básicas da casa. “Mesmo que isso signifique ir a menos jogos ou consumir menos nos estádios”.


Segurando os gastos ou não, uma coisa é certa: o futebol segue como a grande paixão nacional. Na pesquisa, 67,4% dos entrevistados se consideram interessados no tema. Entre os homens, o número salta para 80%.


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